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domingo, 27 de outubro de 2019

Yooka-Laylee and the Impossible Lair Review

Yooka-Laylee começou como um projeto de Kickstarter que prometia trazer um jogo que fosse um sucessor espiritual de Banjoo-Kazooie. A campanha foi um sucesso mas infelizmente o jogo saiu como uma decepção,o jogo tinha um design de fases terrível e não tinha um identidade própria,só parecia uma cópia barata de Banjoo.
Mas não foi o fim do grupo de amigos,dessa vez com uma proposta diferente um spin-off foi anunciado,chamado de Impossible Lar,com a promessa que dessa vez seja um jogo que honre o passado da Rare.
-Um lagarto amigo de um morcego e várias abelhas
Logo após o final do primeiro jogo,o vilão Capital B retorna para seu covil na cidade das abelhas com o intuito de controlar todos a sua volta,eis que surge a dupla de amigos Yooka e Laylee para novamente combater o inimigo,dessa vez com a ajuda da rainha das abelhas que entrega um escudo formado por várias abelhas e gastando toda a magia da rainha. Ao confrontar o vilão ele rouba o poder do escudo deixando os heróis sem forças para lidar com o vilão,e é quando nossa história começa,sem a magia da rainha precisamos resgatar as abelhas sozinhos,para então voltar e confrontar novamente Capital B.
A história é bem simples,e encaixa perfeitamente para o tipo de jogo,graficamente o jogo melhorou bastante em relação do primeiro,talvez pelo escopo menor,mas as cores estão mais vivas,o problema está no design dos personagens que se resume a colocar olhos em objetos(carrinhos,canos e várias outras coisas).
O jogo agora é dividido em duas partes,um mundo onde encontramos as fases,e a câmera isométrica,e as fases são todas em 2D,o mundo é muito bonito,com uma variedade de áreas e várias coisas para se fazer,entretanto as fases pecam na variedade artística delas,de 20 fases(que todas possuem duas versão virando 40 fases) muitas delas são em cidades e fábricas,a diferença está nas mecânicas do jogo.
-Um pouco de Zelda com Donkey Kong
Para desbloquear a segunda versão das fases,temos que explorar as áreas do "mundo" do jogo fazendo puzzles nessas áreas,que envolve coisas simples como encontrar uma fruta de gelo,e jogar no livro que simboliza a fase,e outros mais complexos como religar os tubos de ar da área. Explorar essa área é similar aos zeldas mais antigos,onde cada puzzle resolvido aumenta o seu mundo,te levando a novas áreas,começando o ciclo novamente. O mundo é muito bem feito,os puzzles mesmo que simples são divertidos,encontrar as soluções para encontrar a alteração das fases.
Já as fases em si não mantém a qualidade,muito disso se deve pelo imprecisão dos pulos do personagem,e a necessidade de coletar moedas,que são coletáveis necessários para desbloquear novas áreas no "mundo". O problema disso é a dificuldade,o jogo pede uma precisão da qual ele não tem,e transforma tudo em uma experiencia extremamente frustrante,já que as fases em si não são particularmente difíceis,as mecânicas adicionadas da mudança de mundo como gelo,a fase ficar inundada,e algumas fases ao ligar uma maquina que joga inúmeras criaturas transformando numa fase de fuga. Elas alteram a construção da fase,parecendo muito mais uma nova fase do que uma alteração da mesma.
Além disso a fase final do jogo já está disponível desde de sempre,onde cada abelha coletada é um dano a mais que pode ser tomado nessa fase.
A trilha sonora do jogo criada por alguns ex membros da Rare,é divertida e combina muito com toda a temática do jogo.
-Veredito 
Yooka-Laylee and the Impossible Lair,é um avanço de seu antecessor,onde uma parte dele é extremamente divertida e gratificante e outra é só frustrante.
-Nota:7.0 


domingo, 20 de outubro de 2019

Legends of Runeterra Preview

No último dia 15,a Riot games fez uma transmissão para comemorar os 10 anos de League of Legends,entre vários anúncios sobre seu jogo,ela anunciou vários projetos de novos jogos como um jogo de tiro,uma versão mobile de League,e um jogo de cartas chamado Legends of Runeterra que entraria em preview por alguns dias logo após o fim da transmissão.
O jogo parece uma mistura de Magic,onde cada rodada um jogador pode atacar e não podemos atacar lacais diretamente,com a simplicidade de mecânicas de Hearthstone,tirando os campeões os efeitos das cartas são resumidos em uma frase simples(dê dano,ganhe vida ao jogar outra carta,entre outros).  
O maior diferencial do jogo são seus campeões,cada deck pode utilizar 6 de duas facções diferentes do universo do jogo. Esses campeões são basicamente cartas lendárias,mas cada uma tem uma missão (ataque duas vezes,defenda 10 de dano),ao completar essa missão a carta sobe de nível,ganhando mais força e um efeito mais forte. Os campeões foram muito bem adaptados para o jogo de carta,cada efeito simula o que ele faria no jogo original,o Teemo estar sempre colocando mais cogumelo,Darius ficar mais forte quanto menos vida o oponente tiver,entre outras coisas.
Além de campeões diferentes cada facção tem toda uma lista de cartas únicas,o jogador pode misturar duas facções a sua escolha ou utilizar somente uma.
O jogo apresenta um tutorial que ensina o básico de atacar,usar feitiços,mas não se aprofunda em em nada o que não é um problema pra quem já conhece jogos de cartas,entretanto jogadores novos vão ficar perdidos no jogo.
Adquirir cartas no jogo é diferente dos outros jogos,após completar o prólogo,podemos escolher qual facção queremos ganhar cartas,e ao completar missões adquirimos packs e campeões dessa facção,podendo mudar em qualquer momento.
Para um jogo que sua beta só se inicia em 2020,suas mecânicas já estão muito bem estabelecidas e funcionais,só é necessário um leve ajuste e balanceando,já que Ionia é praticamente utilizado em todas as partidas por ter uma resposta para qualquer estrategia inimiga, muito disso se deve pelo Deny uma carta que pode anular praticamente todos os feitiços,além de várias cartas que possuem recall,onde retorna uma criatura inimiga de volta a mão do adversário.
Legends of Runeterra vai ganhar um outro preview dia 14 de Novembro mostrando um outro modo de jogo,e entra em beta oficial em 2020,com certeza será um concorrente à altura de Hearthstone e Magic.

sábado, 12 de outubro de 2019

Blizzard,Blitzchung e Hong Kong

Era mais um final de semana normal para os jogadores da Grandmasters de Heartstone,a última partida resultou na vitoria de Blitzchung,um jogador de Hong Kong que em sua entrevista após a vitória,vestiu uma mascara igual a usada nos protestos de lá e disse "Liberdade para Hong Kong,a revolução da nossa era". Logo após Blizzard decidiu punir o jogador com uma suspensão de 1 ano e tendo o premio em dinheiro suspenso,os dois apresentadores foram punidos com a suspensão(que foram reduzidas para 6 meses).
A atitude da Blizzard gerou um revolta imensa dos jogadores e fãs da empresa que foram de apoio ao jogador,com cancelamentos de assinaturas e outras coisas como forma de protesto. 
Mas para entender o tamanho desse conflito e porque medidas tão severas foram tomadas,temos que conhecer um pouco sobre o passado de Hong Kong e seus conflitos.
-Um pouco de história 
Hong Kong por muito tempo foi uma colonia da Inglaterra,num acordo entre a China e Inglaterra após a Guerra do Ópio,dizia que a Inglaterra manteria Hong Kong como colonia deles por 99 anos. Após todos esses anos outro acordo entre os dois foram feitos, chamado de "Um país,dois sistemas",onde Hong Kong voltaria a ser da China,mas até 2047 Hong Kong teria total autonomia.
Acordo fechado e por um tempo tudo seguia relativamente bem até que a China começou a reforçar suas influencias em Hong Kong, começando com coisa simples como o jornal matinal sendo falado em Mandarim(Cantonês é a língua padrão de Hong Kong),iniciando com o hino chinês.
Outras coisas mais graves como em 2015,quando vários bibliotecários que vendiam livros banidos da China(vários deles envolvendo escândalos de corrupção da chinês)desapareceram e nunca foram encontrados.
Existem vários outros fatores que geraram todos os protestos em Hong Kong,e não vou citar todos eles,mas o importante é que boa partes deles são jovens e adolescente,que nasceram quando o tratado"Um país,dois sistemas",já estavam em vigor e querem manter a autonomia e nacionalidade deles(a maior parte não se considera chinês).
-As escolhas da Blizzard
A decisão da Blizzard foi tomada pensando no lado lucrativo das coisas(como qualquer empresa gigante),a China é um mercado gigante e ninguém quer ficar de fora dessa fatia do lucro. Além disso no contrato que os jogadores assinam é especificado que protestos políticos não podem ser feitos nos eventos(não é algo legal,mas todos os jogadores sabiam da regra). Ainda sim as punições foram severas demais,e os dois apresentadores que não tinham nada a ver com a história foram punidos sem nenhum motivo concreto(ambos esconderam o rosto no momento por medo).
Os desenvolvedores também ficaram incomodados com a atitude,e tamparam alguns escritos que ficam embaixo da estatua na entrada da Blizzard que diziam "Toda voz importa".
Não entendo como a decisão da Blizzard foi uma surpresa,já que várias empresas grandes,principalmente no meio de jogos adotam a posição de não envolver politica em suas coisas(o que já é um ato politico) para não desagradar um publico alvo. 
No final do dia a Blizzard não tinha uma escolha onde ela sairia vitoriosa,ela só não esperava que o publico do "não pode colocar politica nos jogos" iria tomar partido contra a China.