Marcadores

sexta-feira, 22 de novembro de 2019

Disco Elysium Review

Nos últimos anos várias empresas afirmam e reafirmam que seus jogos não são políticos a ZA/UM vai para o caminho oposto das grandes empresas,e diz que seu jogo Disco Elysium é completamente sobre política,mas não uma política, sobre parlamentares e pessoas de alto escalão. Disco Elysium é sobre a politica envolvendo a opinião das pessoas,qualquer um,desde do motorista do caminhão,até o policial e como cada uma dessas opiniões moldam uma sociedade.
-Um corpo pendurado e nenhum memoria 
Nosso personagem acorda de uma possível ressaca,que parece que não foi a primeira mas dessa vez é diferente,num quarto todo destruído ele não lembra seu nome,onde ele está,muito menos onde se encontra suas roupas. Ao caminhar pelo local é dito que ele é um policial,que foi chamado tem 1 semana para resolver um caso de um linchamento de uma pessoa,cujo o corpo está pendurado em um quintal faz alguns dias. Sem distintivo,arma e sem saber seu nome,temos que junto de nosso parceiro Kim Katsuragi resolver o crime,e no processo descobrir quem é nosso personagem.
Para resolver o caso vamos precisar interagir com diversas pessoas dentro da cidade de Revanchol,cada uma delas únicas de opiniões variadas,como um supremacista que acredita que a forma do cranio dele é maior que a das outras pessoas e isso o torna um ser superior,uma bibliotecária que acredita que o prédio que ela reside tem uma maldição onde tudo o que existiu ali faliu por causa dela.
Cada pessoa tem algo para adicionar ao jogador,seja informações sobre o assassinato ou opiniões que possa moldar o jogador e ele ter uma opinião própria,e mesmo algo que pareça completamente superficial,no final pode ter um espaço grande na trama.
A cidade e seus habitantes são a alma do jogo,cada pessoa que encontramos é uma experiencia diferente,o senso de humor do jogo é preciso,e nunca perde a oportunidade,certamente é um dos jogos mais bem escritos dessa década.
Além disso nosso personagem consegue por algum motivo consegue dialogar com seus traços de personalidades,coisas como sua empatia,lógica e várias outras coisas,e é ai que a parte RPG do jogo entra.
-Converse com você mesmo
O jogo usa o mesmo sistema de boa parte dos RPG,no inicio do jogo definimos o tipo do nosso personagem,se ele é alguém que se move pela emoções,pela força ou pela lógica. Isso vai definir inicialmente quais vão ser os traços predominantes. Como o jogo não tem nenhuma especie de combate seus traços vão servir para te ajudar a lidar com pessoas. À todo momento o jogo vai estar rolando dados caso seja sucesso,uma linha de diálogo desse traço em questão surge. Além disso existem ações e linhas de diálogos ligados a esses traços,coisas como usar a empatia para descobrir o que está deixando certo personagem triste,fugir sem pagar entre outras coisas. O diferencial dessas ações é que caso falhe o jogo segue com sua ação podendo causar dano físico ou moral.
Falhar nesse jogo é como falhar na vida mesmo,algumas vezes vai ser algo frustrante e até um pouco humilhante,mas serve para te ensinar algo,vai te tornar mais forte e te levar a outros caminhos que de início parecia impossível.
O jogo é dividido em dias e cada frase de dialogo faz os minutos passarem,o que acarreta num pequeno problema de ritmo do jogo, onde quando se aproxima do final do expediente nada acontece e o jogador fica rondando pela cidade procurando algo que ele não interagiu.
A arte do jogo lembra um pouco uma história em quadrinhos,com uns traços simples,que ajuda a reforçar a decadência da cidade.
-Veredito
Disco Elysium é um jogo pra quem procura uma história interessante,que aborda vários temas diferentes,mas requer uma dedicação pela quantidade gigante de texto que o jogo apresenta o que pode afastar alguns e tornar para outros uma das experiencias mais memoráveis do ano
-Nota:10



segunda-feira, 11 de novembro de 2019

Digimon Story Cyber Sleuth Review

Digimon certamente foi uma grande febre no final dos anos 90,competindo diretamente com pokémon,mas trazia uma proposta um pouco diferente,enquanto em pokemon as criaturinhas eram como animais,que não se comunicam com humanos,e seu objetivo era capturar todos eles. Digimon abordava um outro lado,com criaturas digitais,eles falavam,e cada pessoa tinha somente um,e tinha um contato maior já que existia um diálogo entre eles. Nos vídeo games,Digimon nunca conseguiu bater de frente com a grandeza que pokemon é,sempre nas sombras,com alguns jogos bem medíocres na conta. No falecido PsVita, eles tentaram mais uma vez,e acabou gerando um publico bem maior com seu jogo,fazendo com que uma versão para Ps4,switch e PC fosse lançada.
-Um detetive de casos com Digimons
Em Cyber Sleuth digimons inicialmente são conhecidos como um aplicativo muito perigoso usado por hackers para atacar usuarios em EDEN uma forma de mundo digital onde pessoas podem interagir com outras,trabalhar entre outras coisas,nosso personagem é convidado à visitar uma área conhecida por ser um local de hackers para um surpresa,o que faz ela adquirir um digimon e descobrir que eles não são essa criatura má,mas que existem uns comedores de data atacando as pessoas,e os digimons são a forma de resolver esse problema. Com chegamos em Kyoko uma detetive de casos virtuais que acaba acolhendo o protagonista pela sua peculiaridade,te transformando em um Cyber Sleuth,uma especie de assistente,onde junto com seus amigos Nokia e Arata deve ajudar humanos e digimons.
A história do jogo começa bem longe do que a proposta de digimon inicialmente foi,mas isso só dura até certa parte do jogo,onde a história se torna basicamente o que foi as primeiras temporadas do desenho,junto com os personagens de suporte completamente genéricos,e um tom de seriedade numa história que não super esse tipo de tom,transforma toda a narrativa em algo previsível,desgastante e genérica. O jogo apresenta alguns plot-twists ao longo de 30 horas de campanha que podem ser decifrados logo quando o personagem envolvido aparece na trama,o pior de todos é um referente ao seu amigo Arata,que ao olhar o design do personagem,e o modo como ele fala fica claro qual vai ser o desfecho deste personagem.
-Um pouco de todos os JRPG 
Já que somos um ajudante de detetive,casos terão que ser resolvidos no mundo digital ou no real,tentando fazer uma dualidade bem similar ao que persona faz onde no mundo digital temos a maior parte do combate,e casos com digimons perigosos já no mundo real é mais sobre interagir com outros personagens. O problema nisso é a falta de carisma de todos os personagens do jogo,eles não conseguem passar aquela sensação de que o jogador quer ser amigo daquelas pessoas,elas são resumidas à uma característica como a menina tímida,o garoto misterioso,o que torna toda a parte que não envolve combate tediosa.
Por outro lado temos o gerenciamento e combate de digimons,que funciona bem diferente do seu rival pokemon. Aqui não capturamos os bichinhos,mas coletamos uma quantia de dados que ao chegar em 100% podemos transformar neste digimon para o seu grupo. Cada digimon pode digivoluir para uma quantia grande de criaturas diferentes,trazendo um fator de diversidade grande já que mesmo quando coletamos o mesmo bicho várias vezes ele sempre pode virar algo diferente,entretanto sempre quando a criatura digivoluiu(ou volta para sua forma anterior),retornamos para o lv1,e para a próxima evolução é necessário percorrer todos os leveis novamente. Inicialmente não é um fator que incomoda,ao decorrer do jogo isso vai se acentuando e cada vez mais é necessário mais tempo de "grinding" principalmente se o jogador quiser algum digimon mais conhecido como um Wargreymon,Metalgarurumon já que além de level eles também necessitam de uma quantia minima de status como força,vida entre várias outras coisas,que vai aumentar seu tempo de grinding.
O combate é bem similar às batalhas em grupo de pokemon onde temos um time de 3 digimon e podemos alternar durante nosso turno caso exista algum na reserva. Também existe um sistema de fraquezas onde os digimons são divididos em tipos e atributos,onde tipos podem ser vírus,vacina e data(isso já está estabelecido na série desde dos primeiros jogos),e atributos são coisas como água,fogo,terra entre outros.
A curva de dificuldade do jogo é completamente falha onde ao invés da dificuldade do jogo aumentar,a vida dos chefes aumentam de maneira absurdas gerando batalhas de 30 minutos onde o jogador nunca vai chegar perto de morrer,mas como a vida do chefe é muito grande as coisas vão ser longe transformando todo o ato final do jogo em uma experiencia desgastante de grinding e chefes duradouros nada interessantes combinados com um design de dungeon completamente desmotivador, onde passar por vários locais idênticos em dungeons é super normal.
-Veredito   
Digimon Story Cyber Sleuth não sabe como aumentar sua dificuldade nem balancear as mecânicas de evolução,ainda assim traz um combate divertido até entrar em seu ato final,e mesmo com todos os problemas é a melhor experiencia com digimons em vídeo games.
Nota:6,0