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sábado, 25 de maio de 2019

Observation Review

A Nocode studio um estúdio pequeno chamou atenção com seu primeiro lançamento Stories Untold,um jogo com quatro histórias de terror que tem uma característica em comum, são "adventures" baseados em interfaces,então estamos sempre lidando com a tela de um computador por exemplo. Em Observation eles tentam expandir esse conceito com mais liberdade e uma única história..
-Conheça Sam e Emma
Mídias que abordam o tema "Sci-fi" geralmente colocam a inteligencia artificial como o inimigo da humanidade,entretanto em Observation é nosso protagonista. Sam a inteligencia artificial da estação espacial que é acordada por Emma após um acidente com a estação. Sem saber onde eles estão no espaço exatamente, sobre o que causou o acidente e onde estão o resto da tripulação. Além disso Sam começa a ouvir algo ordenando que ele "leve a garota". As perguntas vão se respondendo durante o decorrer da história,e várias novas vão surgindo. A tensão trabalhada durante toda a história é incrível,desde o inicio a sensação de que algo está errado te acompanha a todo momento,a narrativa flui e sempre quando nos sentimos "seguro" o jogo toma essa segurança de volta entregando um pequeno "Plot-twist" que são muito bem colocados levando até o desfecho que pode ser interpretado de algumas formas diferentes,sendo muito interessante e um desfecho digno para os dois personagens.
O trabalho de Voice acting dos personagens(principalmente Sam e Emma) é ótimo e a escrita dos diálogos ajudam bastante,deixando a relação entre o protagonista e Emma mais interessante e natural. 
Para ajudar na sensação de perigo a ambientação do jogo mostra uma estação espacial decadente,muitos locais bagunçados,locais mal iluminados e meio destruídos junto de uma trilha sonora sempre provocando a tensão do jogador.
-Puzzles e telas  
Sendo uma inteligencia artificial devemos muitas vezes responder ações dadas,entregar respostas e abrir portas são algumas das ordens.Não tendo muito movimento,nos movimentamos através das câmeras posicionadas nas salas,e em alguns momentos temos uma liberdade maior tomando controle de uma espécie de drone,com isso devemos resolver algumas espécies de puzzles de vários modos diferentes,que variam entre só entregar uma resposta que já estava em seus dados, ou explorar o lado de fora da estação para restaurar pontos de ligação de compartimentos,sempre através de interfaces. Interfaces essas muito similares ás de "Alien: Isolation",cada uma com seu próprio "mini-game" que pode se resumir a só arrastar uma barra outros é necessário formar desenhos para adquirir comandos de certos objetos. A maior parte dessas interfaces são bem intuitivas, ao bater o olho o jogador já sabe o que deve ser feito ali.
O problema do jogo fica nos momentos de explorar usando o drone, o controle é duro e como o jogo não tenta te guiar em nenhum momentos, ficar rodando em círculos sem encontrar o objetivo que muitas vezes nem estava escondido é normal em certos momento fazendo o jogo perder um pouco de sua imersão na narrativa. Quedas de frames no PS4 base acontecem com alguma frequência devido a má otimização do jogo fazendo o controle do drone ser perdido deixando a experiencia ainda mais frustrante.
-Veredito
Observation mesmo com alguns problemas consegue passar uma sensação de temor constante e uma narrativa incrível com personagens interessantes e um desfecho em aberto fazendo com que cada jogador possa interpretar da sua maneira.
-Nota:8,5



sábado, 18 de maio de 2019

A Plague Tale: Innocence Review

Jogos feitos na Europa(principalmente por empresas menores),sempre tentam trazer experiencias e temas que não são abordados em outros lugares,e é isso que a Asobo studio da frança tenta trazer, explorando uma época assolado pela peste negra.
-Dois irmãos e uma grande jornada
Amicia e seu irmão Hugo,são filhos de um nobre e vivem numa grande mansão onde a peste negra nunca chegou,então todos lá tem uma vida boa,até que a inquisição comandada por Nicholas em busca de Hugo por causa de uma doença que assola a criança,destruindo todo o local em busca dele e executando o pai da criança. Resta para Amicia levar a criança para um lugar seguro e descobrir uma cura para a doença.
Durante a jornada nos deparamos com várias vilas totalmente devastadas pela peste,com locais marcados onde pessoas contraíram a doença para o resto manter a distancia,e no meio disso tudo ainda encontramos aliados como Lucas um aprendiz de alquimia e os gêmeos ladrões Melie e Arthur.
Inicialmente a narrativa foca muito em seus personagens,principalmente na relação de Amicia e Hugo(que não tinham muito contato),e a dos dois em relação ao mundo,já que ambos viviam na mansão então acontece um choque,com os irmãos tendo que sobreviver num mundo caótico perdendo aos poucos toda a sua inocência,mas também criando uma relação mais fortes entre os dois. O problema vem da metade do jogo até o fim o foco da narrativa se torna uma luta contra um mal maior genérica de fantasia e as perdas de personagens não são sentidas,já que acontece com personagens que não tem tanto espaço na trama. Inicialmente existe um peso na protagonista ao tirar uma vida,depois da metade esse ponto nem é questionado novamente.
A ambientação do jogo é fabulosa,de casarão até castelos abandonados,vilas devastadas, esgotos infestados de ratos,além de uma iluminação muito bem adicionada tornando fazendo com que o fogo seja algo muito acolhedor.
-Ratos e mais ratos
O jogo se baseia em stealth quando estamos lidando com os soldados da inquisição e com os ratos é algo bem similar a puzzles onde temos que descobrir qual o caminho certo para sair da situação usando o fogo,que afasta os ratos.Por mais que o jogo não dê espaço para a experimentação nesses momentos,ele entrega uma experiencia divertida e muitas vezes que precisamos da ajuda dos aliados a inteligencia artificial funciona muito bem.,o que não dá pra dizer o mesmo sobre os inimigos humanos.
Lidar com os humanos inicialmente é muito simples,fazemos barulho com uma pedra em um local e fugimos para o outro lado.Para o inimigo correr atrás da personagem é necessário que se fique muito tempo no campo de visão dele,e ao virar em algum ponto onde o inimigo não te vê ele já te perdeu(principalmente me batalhas contra chefes). Durante o decorrer do jogo ganhamos novos tipos de munição para o estilingue como um item que acende uma chama em locais mais distantes,um acido que derrete capacetes de inimigos entre outras coisas.Quanto mais o jogo avança mais o stealth vai sendo substituído pelo combate até o momento onde é necessário eliminar os inimigos e muito mais prático,no início do ato final do jogo ele já perdeu as duas mecânicas principais do jogo.
O jogo apresenta alguns crash,mas como os saves são generosos não afeta bastante,e ainda existe um bug em um capítulo que é necessário reiniciar ele caso isso ocorra.
-Veredito
A Plague Tale: Innocence é um jogo interessante mas que vai perdendo de pouco a pouco tudo que fez ele chamar a atenção na sua divulgação,pra se tornar só uma história simples do o bem contra o mal sem muita originalidade.

-Nota:7,0



domingo, 5 de maio de 2019

Assassin's Creed Origins Review

A franquia assassin's creed passou por vários problemas na mudança de geração(ps3 para ps4),jogos cheios de problemas e sem originalidade. Foi então que a ubisoft resolve adotar de vez o estilo RPG que o jogo já presenciava de forma mais contida.
-Mais uma história sobre vingança
Dessa vez o jogo se passa no antigo Egito se iniciando em 49 A.C,o protagonista Bayek era um medjai(uma especie de protetor do faraó),que ao presenciar o assassinato de seu filho por um grupo de pessoas mascaradas ligadas ao faraó que são chamadas de "A Ordem",então ele parte numa jornada por vingança atrás de todos os que são ligados à essa Ordem.Para ajudar nessa jornada temos Aya sua mulher que trabalha com a Cleópatra para colocar ela como rainha e acabar com o sofrimento do povo egípcio.
 O enredo do jogo tem pontos interessantes mostrando a criação da ordem dos assassinos,mas nada muito surpreendente,o vilão do jogo só é apresentado nas últimas duas horas de jogo perdendo boa parte do impacto que ele devia apresentar,e os vilões menores que são apresentados durante o jogo não tem o tempo para serem trabalhados direito,virando só alvos com um pouco de "backstory".
Bayek não é um personagem muito interessante,o arco de vingança dele é completamente genérico,e o personagem ainda apresenta algumas inconsistências com sua relação com a Cleópatra,em momentos ele não gosta dela e não liga para todo esse jogo político,minutos depois está chamando ela de "Deusa" e que ela deve ser rainha de todo o Egito.A relação de Bayek e Aya são um dos melhores pontos da narrativa,o relacionamento não é explorado tanto quanto devia,mas os momentos entre eles são singelos. Entretanto a Aya rouba a toda a cena, sendo um personagem com um arco muito mais interessante a ponto do desfecho dela ao fim do jogo ser mais importante do desfecho do Bayek.
-Muito a se fazer no Egito     
Como o jogo passou por uma grande reformulação muitas coisas mudaram,o personagem e os inimigos todos tem níveis,e esse nível influencia diretamente tudo em volta do jogo.Começando pelo combate que agora é algo mais metódico onde precisamos atacar com cautela sem ser muito afobado,o problema é que a câmera do jogo tá sempre atrapalhando,lidar com mais de um inimigo é uma experiencia frustrante deixando difícil defender golpes de outros inimigos,e caso o inimigo esteja 4 níveis acima de Bayek ele pode morrer instantaneamente com um golpe,o que te obriga a estar sempre em um nível muito próximo, e para isso é necessário(muitas vezes obrigatoriamente),completar conteúdos secundários do jogo.
Seguindo a linha dos outros jogos,temos os locais de sincronização que nesse jogo ao invés de abrir locais no mapa,serve para "fast travel",os acampamentos de inimigos onde temos que matar o capitão e roubar o tesouro que pode ser uma arma ou escudo,de raridade aleatória(raro,épico,lendário).Mas a maior fonte de experiencia são as missões secundárias,que é a coisa mais decepcionante do jogo,a maior parte delas são genéricas e se resumem a matar um grupo de inimigos,salvar uma pessoa ou os dois juntos.As únicas que são um pouco mais interessantes envolvem alguns personagens da trama do jogo,que são desbloqueadas logo depois de um alvo ser assassinado,ainda assim os personagens não tem o desenvolvimento necessário para serem memoráveis.
Com cada nível ganhamos um ponto de habilidade onde podemos usar numa árvore de skills divida em três grupos o guerreiro focado no combate corpo a corpo,caçador focada no arco e flecha e assassinatos "stealth" e por último vidente focando em venenos.
A visão de águia foi substituída por uma águia de verdade,com ela podemos identificar inimigos e objetivos,e com algumas skills upadas podemos usar ela como distração.O jogo ainda apresenta uma mecânica de caça que serve para upar alguns atributos do personagem,aumentar a quantia de flecha guardada entre outras coisas,o problema é que o jogo não te dá tanto incentivo para caçar animais.
Como sempre a Ubisoft fez uma pesquisa minuciosa sobre o local e época que o jogo se passa,trazendo uma ambientação fabulosa do antigo Egito,junto de gráficos muito bonitos. Entretanto é super mal otimizado no PC e sofre com inúmeros bugs de coisas simples como demora de renderização e inteligencia artificial que só consegue fazer uma ação,outros mais complicados como o personagem ficar preso dentro da parede.
-Veredito   
Assassin's Creed Origins é um jogo com muitos problemas,mas ainda assim entrega uma história legal e uma ambientação fantástica e como o primeiro jogo nesse novo molde é interessante.
-Nota:7,5