Temos vários jogos tentando reproduzir jogos de 8-bits e 16-bits,mas muito poucos tentam recriar coisas mais avançadas,como os primeiros 3D do playstation. É isso a primeira coisa que é percebida ao olhar para Anodyne 2,mas o jogo tem muito mais a mostrar.
-Um aspirador pode fazer a diferença
Nova uma criança criada pelo "O Centro" uma entidade que coordena todo o mundo de New Theland e que também dá o proposito de cada ser. O proposito da nossa personagem é ser uma "Nano Cleaner",que tem o dever de salvar o mundo da "Dust",a sujeira que distorce as emoções e corrompe as pessoas. Para isso temos um aspirador e conseguimos encolher para entrar dentro das pessoas contaminadas e assim limpar elas.
O enredo em um primeiro momento parece simples,ilógico e até meio idiota talvez. Mas o jogo sabe muito bem trabalhar todas essas ideias fazendo o jogador se importar com a protagonista e com todo o mundo ao seu redor. Os personagens são um grande fator para a narrativa funcionar,seus problemas te fazem se importar,eles são bem escritos e todo o jogo é super bem humorado,deixando a experiencia super divertida,entretanto nos momentos dramáticos ele consegue conter todo o humor nele.
-Um pouco de Zelda e Psychonauts
Como uma parte do jogo a personagem explora o mundo e em outra estamos dentro de pessoas o jogo é em 3D e 2D,sendo que o 3D é similar a jogos de PS1 e nos momentos em 2D lembra algo como GameBoy Advanced. Nos momentos em 3D podemos explorar uma área que aumenta com o avanço do jogo(podemos nos transformar num carro para locomover mais rápido).Quando encontramos uma pessoa infectada pelo "Dust" podemos encolher e vamos para a segunda parte da gameplay do jogo,que lembra muito as dungeons de Zelda (onde temos um mundo para explorar e precisamos completar certas dungeons para avançar na história).
Quando estamos encolhidos o jogo se torna 2D,e a personagem tem acesso ao aspirador,onde precisamos limpar todos os inimigos levando até o centro da infecção para então completar a "dungeon".
A primeira hora do jogo pode parecer repetitiva,mas após desbloquear a primeira expansão do mapa,as dungeons se tornam muito mais interessantes e o modo como elas são completadas,são diferentes para cada uma. Elas variam entre ajudar os moradores decidindo roupas que se enquadram com o que foi solicitado,até explorar uma sátira de jogos de aventura medievais dos anos 80.
Como o jogo tenta simular gráficos datados,ele não pode parecer bonito,mas é interessante o jogo tenta recriar coisas da época,tanto no seu gameplay simples onde na maior parte do tempo exploramos só podemos pular,um pulo que não é muito preciso entretanto não chega a ser frustante.
-Veredito
Anodyne 2: Return to Dust,pode não ser o "indie do ano",mas é uma experiencia super divertida e descontraída com personagens carismáticos e uma proposta tão viajada que no final funciona.
-Nota:8,5
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