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quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

DragonBall Z: Kakarot Review

Dragonball já foi adaptado para uma variedade de consoles diferentes,do Super Nintendo até o PS4,a maior parte deles sobre o DragonBall Z já que é o mais famoso e querido entre os fans. Dessa vez a Bandai promete um RPG que será a experiencia definitiva do anime.
-A volta dos guerreiros Z 
O jogo retrata todo o desenho,se iniciando com a chegada de Raditz e Goku descobrindo que faz parte de uma raça alienígena extremamente poderosa até a derrota de Majin Buu e como prometido nos anúncios eles seguem a risco o anime para bem e também para mal. O lado bom é regido pela nostalgia que é onde o jogo consegue fazer um ótimo trabalho reproduzindo de maneira incrível,coisas como a primeira transformação do Goku, Cell vs Freeza ou o sacrifício do Vegeta levam o jogador para a primeira vez onde ele viu aquela cena. Por outro lado a fidelidade com o anime acaba afetando o ritmo do jogo,já que em muito momentos os personagens precisam treinar para lidar com o inimigo,e o jogo te empurra algumas sidequest disfarçadas de história principal além das transições de sagas onde eles insistem em adaptar alguns fillers que mesmo tendo um ou outro engraçado,foi feito para aumentar o tempo de jogo como todos os elementos de RPG encontrados aqui.
-Tudo de ruim que um RPG pode oferecer
Ser um RPG pode significar muitas coisas,mas em Kakarot,significa que somos livres para explorar a terra,e também namekusei. Nos cenários podemos coletar vários tipos de itens diferentes,orbes que servem para desbloquear novos golpes,comida ou em alguns momentos as esferas do dragão que te concedem um ou três desejos dependendo do ponto da história,. Infelizmente os pedidos que podem ser feitos são tão simples que não vale a pena o tempo para buscar as sete(ganha orbes,dinheiro ou então enfrente novamente um chefe).
O jogo apresenta uma gama de mecânicas que no fim do dia são só mais um menu a mais,como poder cozinhar para aumentar sua força,vida entre outros por algum tempo,e o sistema de comunidade onde o jogo te dá alguns "tazos" dos personagens,e ao ser colocado ao lado de um outro (algo como Goku e Vegeta juntos),aumentando uma percentagem que pode ser de dano,tempo que os efeitos da comida duram entre outros,que no fim do dia não traz muita diferença além de ser mais um painel para o jogador gastar mais horas tentando coletar todos os personagens.
Ainda temos Sidequest,onde elas se resumem a lutar contra alguém,ou coletar itens para um personagem fazer algo,uma chance desperdiçada já que essa espaço poderia ser usado para englobar os OVAs ou os filmes de Dragonball,como a história do Bardock ou Brolly entre outros.
Enquanto o jogador não estiver explorando o mundo ele estará lutando contra os inimigos em um combate simples e cheio de problemas já que enquanto o inimigo tiver utilizando qualquer forma de animação(ataque,carregar ki) ele se torna uma pedra,isso é,ele está tomando dano,o áudio dos ataques saem,mas o inimigo continua imóvel,podendo até dar um contra ataque que deixa o jogador imobilizado por alguns segundos.
Inicialmente isso não é algo muito incomodo,mas como os personagens tem níveis e o jogador desista de fazer as missões secundárias,a diferença de nível aumenta drasticamente na reta final e com isso os contra ataque e a invencibilidade do inimigo vão abrir espaço para o jogador tomar um golpe que reduz metade da vida de uma vez.
Por falar em golpes especiais,boa parte dos golpes trazem uma similaridade com o desenho,e um cuidado com a animação que infelizmente não se repete com os ataques simples,já que todos são idênticos para todos os personagens.
-Veredito
DragonBall Z: Kakarot ataca direto na nostalgia e é só consegue ser divertido por isto,sem a nostalgia se torna um jogo vazio com mecânicas criadas para manter o jogador por muito tempo do jogo sem adicionar nada a ele,um jogo feito para fans não de uma maneira boa.
-Nota:5,5


segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

Hollow Knight Review

O Kickstarted com o passar dos anos se mostrou uma decepção com jogos como Mighty N9,e vários jogos que sequer foram terminados,largados numa alpha ou beta para sempre. Hollow Knight é um dos poucos fora da curva,trazendo uma experiencia que se compara aos jogos AAA.
-Bem vindo a Hallownest 
O jogo se inicia com nosso personagem o "cavaleiro",caminhando até encontrar uma vilazinha onde existe somente um outro individuo,que diz que todos os habitantes desceram para explorar Hallownest,e nunca mais voltaram pois o local é extremamente perigoso. A história do jogo é contada de maneira similar à de Dark Souls,onde descrição de itens e npcs encontrados durante a exploração vão contar a história. Ambas as coisas podem não ser encontradas deixando talvez a história um pouco confusa principalmente na primeira jogatina onde possivelmente alguns NPCs não vão ser encontrados necessitando,uma nova jogatina. Ele ainda apresenta vários finais,dependendo de chefes que o jogador enfrenta ou deixa de enfrentar ou alguns NPCs que são necessários serem encontrados.
Todos os personagens do jogo são baseados em insetos,com uma arte simples,mas muito bem detalhado,cada área do jogo é muito distinta das outras e o design dos chefes são particularmente bem produzidos fazendo a união perfeita de criaturas bizarras com insetos.
-Uma aula de Level Design
O jogo é um metroidvania,mas que difere em algumas coisas que são comuns no gênero,em primeiro lugar temos o uso do mapa,item muito importante para saber qual o caminho que o jogador não tinha acesso por não ter a habilidade especifica. Para se ter acesso ao mapa da área em Hollow Knight é necessário encontrar um NPC que vai te vender um mapa incompleto da área. Ao adquirir o mapa é preciso adquirir uma caneta,para assim fazer modificações no mapa,mas só ao encontrar um banquinho,que serve como uma área segura para recuperar vida.
Em jogos desse estilo é normal o jogador tentar explorar e encontrar várias áreas que não podem ser acessadas,levando até o caminho certo. Aqui não existe um caminho certo,depois das primeiras horas de jogo é possível explorar várias áreas diferentes,pegando habilidades diferentes,a única coisa em comum em todas elas é a sensação de que o jogador não devia estar ali naquele momento,seja com criaturas ameaçadoras,seus chefes ou até mesmo o cenário mostrando o quão frágil o jogador é.
De coisas trazidas de Dark Souls,perdemos todo o nosso dinheiro ao morrer que pode ser recuperado matando uma criatura que surge na área que o jogador foi morto,de todas as coisas trazidas de Souls essa foi a mais desnecessária e não conversa muito com o jogo,já que não é muito difícil conseguir dinheiro.
No decorrer da sua vida,o jogo ganhou algumas DLCs gratuitas que foram adicionadas de maneira natural ao mapa do jogo,que inclui novos NPCs,áreas e novos chefes muito mais difíceis que os do jogo base.
-Veredito 
Hollow Knight é o metroidvania definitivo,que subverte algumas coisas já estabelecidas no gênero por anos,entregando uma experiencia recompensante com desafios emocionantes,junto de uma trilha sonora impecável.
-Nota:10 


quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

Afterparty Review

Vários jogos já usaram Lúcifer como um vilão para sua história,na maior parte das vezes retratado como uma criatura de puro mal que só pensa em destruir tudo e espalhar sua maldade. E então temos Afterlife onde o governador do inferno é um baladeiro que faz a festa mais disputada do submundo.
-Drink games no inferno
Milo e Lola morreram e foram parar no inferno,que se parece uma cidade qualquer,só que cercada de demônios. Como acabaram de chegar eles deviam fazer o requerimento padrão,ir até um local pegar seu demônio pessoal,depois receber qual será sua punição diária. O que eles não esperavam é que existia um expediente,e como eles chegaram muito tarde o horário de expediente tinha acabado,o que restou para fazer é ir para um bar durante a noite para socializar. É quando eles descobrem uma maneira de fugir de lá,vencer o governador do inferno Lúcifer numa competição de bebida.
Afterlife tem uma história hilária e está constantemente (principalmente com o demônio pessoal)quebrando a quarta parede,a amizade do Milo e Lola desde do inicio parece de fato algo construído muitos anos atrás,os personagens de apoio são uma ótima adição,principalmente seu demônio pessoal que aparece sempre nos piores momentos para fazer os personagens reviverem seus traumas e Sam uma taxista que auxilia os personagens a entenderem o lugar novo. Mais para o fim do jogo ele acaba tocando em assuntos mais sérios como a dependência do alcoolismo dependendo de qual dos dois finais for escolhido pelo jogador nos momentos finais do jogo.
-Uma longa caminhada
Em termos de gameplay o jogo basicamente se resume a andar do ponto A ao B e interagir com personagens dentro dos bares. O maior problema nisso é que as cidades não tem vida,muitas vezes nada acontece enquanto se está andando pelas áreas,e as caminhadas são longas,outro problema na gameplay é a mecânica das bebidas que na teoria ela é interessante,onde cada bar tem uma seleção de bebidas e cada uma delas desbloqueia uma linha de diálogo nova nas conversas baseada na bebida,podem ser coisas como coragem,habilidade de flertar,ou outras mais bizarras como falar como um pirata. Não existe nenhum incentivo para se usar disso,é possível jogar o jogo inteiro sem utilizar nenhuma bebida,e mesmo utilizando não vai te levar para caminhos diferentes. Existem dois Drinking games no jogo,que são bem simples,um é sobre jogar uma bolinha em um copo,quem acertar os três vence,o segundo é sobre empilhar copos. Dependendo da escolha do jogador ambos os minigames podem ser visto só uma vez.
-Veredito 
Afterparty tem uma história muito divertida cheio de momentos genuinamente engraçados e um final no minimo inesperado,mas a diversão da história infelizmente não se reflete na gameplay repetitiva e monótona.
-Nota:7,5