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domingo, 28 de junho de 2020

The Last of Us 2 Abby e a quebra da expectativa

The Last Of Us certamente dividiu a opinião dos fans pelas suas escolhas narrativas tomadas, muito parecido com as reclamações no episódio 8 de Star Wars surgiram coisas como "Não parecia que eu estava jogando The Last Of Us", muito disso vem da segunda metade do jogo, onde temos controle de Abby supostamente a vilã da história.
Desde do anuncio da parte 2, todos esperávamos, uma nova jornada com o Joel e a Ellie, ver esses dois personagens interagindo e é aí que o jogo joga seu primeiro balde de água fria, logo nas primeiras horas do jogo Joel é assassinado e a interação ou a jornada entre ele e a Ellie que vinha sido esperada por todos nunca acontece, além de colocar a Abby como vilã.
Vamos voltar um pouco ao primeiro jogo, na jornada da Ellie e Joel, não existe essa figura de antagonismo, fora que se formos pensar no mundo ali como um todo, o vilão da história seria o Joel, já que ele condenou o resto dos humanos sem nem ao menos dar a possibilidade de escolha para Ellie. É totalmente compreensível a escolha de Joel principalmente por acompanhar ele por toda essa jornada, mas isso precisava trazer conseqüências. É claro que quando o Joel morreu eu queria que a Ellie jogasse fogo em todo mundo, eu tinha um vinculo com aquele personagem,mas ele nunca foi um santo(e é isso que tornou ele interessante), e a própria Ellie sabe disso. Logo no início da jornada Dina começa a perguntar sobre quem poderia ser aquele grupo de pessoas, onde a Ellie responde que não vale a pena tentar adivinhar já que o Joel precisou fazer coisas terríveis para sobreviver.
Depois de caçar boa parte das pessoas em volta de Abby, as duas se encontram e no momento de maior tensão o jogo faz sua escolha narrativa mais interessante, te tira desse momento e te coloca na pele da Abby logo depois de retornar da busca de Joel, mostrando ali não um bando de assassinos ou malucos como vemos alguns grupos no primeiro jogo mas como em Jackson, pessoas vivendo nas suas rotinas lidando com seus próprios problemas na sua guerra contra os "Scars" um grupo de fanáticos religiosos. Enquanto a jornada da Ellie é sobre buscar sua vingança, Abby traz um lado mais esperançoso, ela já concluiu sua jornada de vingança ela não trouxe o alivio que ela esperava, na busca por uma nova motivação ela encontra Lev e Yara duas crianças "Scars" que estavam tentando fugir, é principalmente em Lev que ela vê alguma esperança, exatamente como Joel vê em Ellie no primeiro jogo.
Pra mim os momentos com Abby me trouxeram de volta pro jogo, eu me importei com aqueles personagens, eu já sabia o que aguardava aqueles personagens, mas eu me liguei a eles, e no momento onde inicialmente eu queria que a Ellie concluísse sua vingança, agora eu estava secretamente torcendo pela Abby ou por uma maneira do embate ser resolvido pacificamente.
É compreensível essa resistência a Abby num primeiro momento, Joel é um personagem muito querido, e foi colocado num pedestal por boa parte dos fans, e ver ele ser morto por Abby é doloroso. É preciso tira-lo desse pedestal e tentar ver o outro lado, aqui não existe o personagem que é a bondade no mundo aquele que vai trazer a paz, contra o mal maior disposto a tudo para destruir o mundo, são pessoas com suas próprias vivencias. Eu sempre esperei que o que Joel fez no final do primeiro jogo fosse cobrado no segundo, me acabei de chorar na morte dele mesmo assim, talvez tenha me ajudado a me importar com a Abby assim que temos o controle dela e por isso a segunda metade foi tão impactante para mim. Acho que a Abby merece uma chance pois sem ela The Last Of Us parte 2 não serie metade de experiencia que ele é.
   

segunda-feira, 22 de junho de 2020

Valorant

Anunciado nas comemorações de 10 anos da Riot, Valorant é o primeiro jogo da empresa que não integra o universo de League of Legends, e também o primeiro FPS.
O jogo tem como sua base o Counter-Strike, onde temos o time atacante que precisa plantar a bomba (aqui chamada de spike) na área informada, enquanto os defensores precisam impedir que isso aconteça, ou desarmar a spike.
O grande diferencial é que ele também é um jogo de personagens, e cada um deles tem habilidades especifica, pertencente à uma classe. Temos os Duelistas, com habilidades focadas em trocas, como cegar inimigos ou causar danos. Sentinelas são algo como suporte, onde suas habilidades, vão dar auxilio aos outros jogadores. Controladores, personagens ótimos para proteger áreas com suas habilidades dando controle de campo, e por último os iniciadores que como o nome diz, facilitam a inicialização de combates.
Mesmo com os personagens e habilidades, o jogo pega tanto de CS que muitas vezes o jogo mal parece ter algo original parecendo mais um mod que um jogo original.
Ele apresenta alguns problemas bem básicos como, armas muito similares o que dificulta a resposta visual de qual arma é aquele, principalmente em momentos de combate, o jogador precisa saber qual arma é aquela no chão para poder se preparar para o confronto.
-Anti-Cheat e algumas outras polemicas
Todo o período de beta, e o lançamento do jogo foi cercado por algumas reclamações, primeiramente em questão do anti-cheat do jogo o "Riot Vanguard", ao instalar ele vai sempre iniciar junto de seu computador, e ao fecha-lo, é preciso reiniciar todo o sistema. Isso fez com que os "Gamers" ficassem exaltados dizendo que o serviço de proteção estavam roubando informações de computadores e enviando para china já que a maior parte da Riot é da grande empresa chinesa "Tencent". Claro que essa onde de informações falsas fizeram com que o time de desenvolvimento fosse a público dizer que não tinham cabimento isso e que o serviço tá ali para gerar punições severas a quem usar hacks, posso dizer que a proteção é funcional, onde no meio da partida se houver alguém utilizando hacks a partida é cancelada com uma tela gigante vermelha e o usuário é banido.
O outro problema já é velho principalmente nos servidores brasileiros dos jogos da Riot, que são os ataques dentro do jogo e a falta de uma punição rápida e severa da empresa.
Na primeira semana de lançamento do jogo, surgiram inúmeros casos de machismos contra streamers e jogadoras pelo chat de voz. A denuncia já havia sido feita e o jogador continuou livre por ai até as reclamações chegarem nas redes sociais. A toxidade de League of Legends já é conhecida a anos, é normal encontrar aquele jogador xingando, humilhando entre outras coisas no jogo sem nenhuma punição, e mesmo quando acontece(o que é bem raro), são poucos dias. Parece que toda essa parte deprimente da comunidade tem vindo em peso para o jogo novo da Riot, afastando vários públicos, muitas garotas se escondem com nicks neutros ou masculinos, evitam usar o chat de voz (o que num jogo como valorant atrapalha demais), e com isso essa parte tóxica só cresce mais e mais. Numa empresa que sempre reforça apoiar diversidade, tem tomado poucas ações para ajudar esse mesmo público.