Desde do anuncio da parte 2, todos esperávamos, uma nova jornada com o Joel e a Ellie, ver esses dois personagens interagindo e é aí que o jogo joga seu primeiro balde de água fria, logo nas primeiras horas do jogo Joel é assassinado e a interação ou a jornada entre ele e a Ellie que vinha sido esperada por todos nunca acontece, além de colocar a Abby como vilã.
Vamos voltar um pouco ao primeiro jogo, na jornada da Ellie e Joel, não existe essa figura de antagonismo, fora que se formos pensar no mundo ali como um todo, o vilão da história seria o Joel, já que ele condenou o resto dos humanos sem nem ao menos dar a possibilidade de escolha para Ellie. É totalmente compreensível a escolha de Joel principalmente por acompanhar ele por toda essa jornada, mas isso precisava trazer conseqüências. É claro que quando o Joel morreu eu queria que a Ellie jogasse fogo em todo mundo, eu tinha um vinculo com aquele personagem,mas ele nunca foi um santo(e é isso que tornou ele interessante), e a própria Ellie sabe disso. Logo no início da jornada Dina começa a perguntar sobre quem poderia ser aquele grupo de pessoas, onde a Ellie responde que não vale a pena tentar adivinhar já que o Joel precisou fazer coisas terríveis para sobreviver.
Depois de caçar boa parte das pessoas em volta de Abby, as duas se encontram e no momento de maior tensão o jogo faz sua escolha narrativa mais interessante, te tira desse momento e te coloca na pele da Abby logo depois de retornar da busca de Joel, mostrando ali não um bando de assassinos ou malucos como vemos alguns grupos no primeiro jogo mas como em Jackson, pessoas vivendo nas suas rotinas lidando com seus próprios problemas na sua guerra contra os "Scars" um grupo de fanáticos religiosos. Enquanto a jornada da Ellie é sobre buscar sua vingança, Abby traz um lado mais esperançoso, ela já concluiu sua jornada de vingança ela não trouxe o alivio que ela esperava, na busca por uma nova motivação ela encontra Lev e Yara duas crianças "Scars" que estavam tentando fugir, é principalmente em Lev que ela vê alguma esperança, exatamente como Joel vê em Ellie no primeiro jogo.
Pra mim os momentos com Abby me trouxeram de volta pro jogo, eu me importei com aqueles personagens, eu já sabia o que aguardava aqueles personagens, mas eu me liguei a eles, e no momento onde inicialmente eu queria que a Ellie concluísse sua vingança, agora eu estava secretamente torcendo pela Abby ou por uma maneira do embate ser resolvido pacificamente.
É compreensível essa resistência a Abby num primeiro momento, Joel é um personagem muito querido, e foi colocado num pedestal por boa parte dos fans, e ver ele ser morto por Abby é doloroso. É preciso tira-lo desse pedestal e tentar ver o outro lado, aqui não existe o personagem que é a bondade no mundo aquele que vai trazer a paz, contra o mal maior disposto a tudo para destruir o mundo, são pessoas com suas próprias vivencias. Eu sempre esperei que o que Joel fez no final do primeiro jogo fosse cobrado no segundo, me acabei de chorar na morte dele mesmo assim, talvez tenha me ajudado a me importar com a Abby assim que temos o controle dela e por isso a segunda metade foi tão impactante para mim. Acho que a Abby merece uma chance pois sem ela The Last Of Us parte 2 não serie metade de experiencia que ele é.
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