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domingo, 29 de setembro de 2019

The Garden Between Review

Jogos focados em uma mecânica só são comuns, coisas como Monument Valley que se sustenta muito bem somente na perspectiva. The Garden Between tenta fazer como ele,mas trazendo a mecânica de avançar e voltar no tempo trazendo um puzzle interessante,mas será que consegue sustentar um jogo?
-Amigos,uma tempestade e memórias
A história do jogo é bem simples num dia chuvoso,duas crianças,vizinhas estão em sua casa na árvore,quando a chuva começa a voltar,transportando magicamente a casa para um ilha estranha com algumas coisas que remetem algum momento de sua amizade,agora resta aos dois atravessar essas ilhas feitas de memórias. É uma história singela,todos nós quando eramos criança tinha aquele amigo inseparável onde compartilhamos várias aventuras juntos,e o jogo é uma celebração desses momentos simples que significam muito para cada um.
A arte do jogo é simples não apresenta nada demais,não é um problema já que os cenários são pequenos,e os design são bem feitos,cada ilha é unica cheia de coisas que remetem a algum lugar que vai narrar a memória da vez.
Ele não apresenta diálogos,e é nessa hora que a trilha sonora faz a diferença,são musicas calmas que remetem aos sentimentos dos personagens. 
-Controle o tempo 
A sua função como jogador é mover o tempo para frente ou para trás fazendo assim com que os personagens se movam,nós nunca controlamos os personagens diretamente, só apertamos um botão para eles interagirem com alguns objetos.
O objetivo do jogo é simples,temos uma lanterna que temos que acender e levar para o lugar indicado,no meio do caminho existem algumas orbes negras que sugam as luz,a garota pode carregar a lanterna,enquanto o garoto pode interagir com os outros objetos. Depois de familiarizado com a mecânica o jogo adiciona coisas únicas para cada vez baseado na temática da memoria coisas como um esgoto,computadores,mangueiras entre outras coisas,cada uma delas adiciona algo novo para o puzzle,sem adicionar outros comandos.
As ideias dos puzzles são interessantes,mesmo simples são funcionais e o tempo curto do jogo,não deixa ele se tornar enjoativo,fazendo ele também uma boa alternativa para o mobile(disponível para IOS).
-Veredito
The garden Between é um jogo simples,leve e uma experiencia pra quem quer um jogo só para passar um tempo,sem muita dificuldade.
-Nota:8,0


segunda-feira, 16 de setembro de 2019

Blair Witch Review

A Bruxa de Blair é uma lenda muito conhecida, tendo alguns filmes,uma legião de fans e pessoas que vão até a floresta da lenda para tentar encontrar algo sobre ela. Entretanto fazia muito tempo que não tinha uma adaptação para os consoles,coisa mudada pela Bloober criadora de Layers of Fears.
-Bem vindo a floresta 
Na floresta de Black Hills, existem várias histórias sobre desaparecimentos de crianças,quando uma criança chamada Pete desaparece toda a cidade gera uma comoção e inicia novamente as buscas. Ellis um ex-policial e nosso protagonista se junta a busca com seu cachorro e fiel companheiro Bullet. Adentrando na floresta coisas estranhas começam a acontecer. Uma câmera e uma fita mostrando alguns passos do sequestrador,visões sobre uma guerra, uma arvore branca coberta por um visgo negro e uma criatura perseguindo Ellis. O que era uma busca acaba se transformando numa fuga por sobrevivência onde a floresta parece viva e prendendo Ellis nela.
A história do jogo tem um ritmo bem lento,ela começa a ficar de fato interessante no final onde o passado do protagonista e os motivos da bruxa se cruzam. O ritmo lento acaba sendo necessário para estabelecer vários pontos da narrativa que levam ao desfecho.
O jogo apresenta 4 finais sendo um bom outro mal,e uma variação de cada um dependendo da suas interações com o cachorro. Possivelmente na primeira jogatina será liberado o final ruim,já que para liberar o outro é necessário fazer coisas bem especificas que na primeira vez no jogo,é difícil deduzir,e poucas pessoas vão ter a paciência para rejogar já que durante a campanha não existe uma diferença.
-Você, o cachorro e a câmera 
Como a floresta é uma entidade viva e está agindo para te manter presos precisamos de algo para tentar fugir,para isso temos as principais mecânicas do jogo o cachorro e uma câmera velha. O cachorro seu fiel companheiro pode encontrar itens e seguir rastros ao encontrar algum item importante,o problema é que temos uma roda de ações com o cachorro entre elas fazer carinho,mandar ele esperar,procurar coisas entretanto as mecânicas não são muito funcionais ou uteis principalmente a de procurar já que o cachorro nunca vai encontrar nada usando esse comando já que quando ele começa a seguir rastros encontramos algum item antes e entregamos a ele. O cachorro também rosna indicando onde a criatura está para ajudar o jogador a se guiar,usando sua lanterna para atacar a criatura.
Temos também a câmera que serve para ver fitas encontradas e também utilizar para ver a criatura ou rastros deixados no caminho. Assistir as fitas é o principal caminho para avançar no jogo,ao assistir a fita devemos pausar em determinado momento, com isso o acontecimento da fita vai ser refletido no mundo(como pausar o vídeo com um brinquedo barulhento ligado,esse mesmo brinquedo vai estar tocando no mundo). A mecânica avançando no jogo vai se aprofundando com vídeos maiores divididos em partes diferentes que podem ser úteis ou não.
A ambientação do jogo é somente a floresta,que vai passando por leves alterações durante o jogo,pode ser maçante para alguns passar várias vezes no mesmo lugar com algumas alterações,o áudio colabora com a sensação de terror, principalmente nos momentos finais do jogo,existe sempre uma voz no fundo,um barulho estranho,um vento mais forte te atormentando.
Infelizmente o jogo apresenta alguns problemas,no PC o jogo é bem mal otimizado causando quedas no FPS,além de vários bugs,alguns menos problemáticos como bugs visuais nas animações principalmente ao interagir com o cachorro,outros entretanto que podem atrapalhar ou até mesmo perder progresso,como o cachorro ficar latindo pra uma área ao invés de ir atrás da criatura, o jogo fechar num momento próximo ao final do jogo fazendo com que o jogador refaça toda esse área de novo.
-Veredito
Blair Witch é um bom jogo de terror,tem uma história que fica envolvente,pros fans da bruxa é um prato cheio,e pra quem está a procura de uns "jump scare" também,mas ele peca em vários aspectos técnicos e acaba sendo uma experiencia um pouco arrastada.
-Nota: 7,0  



domingo, 8 de setembro de 2019

Control Review

Remedy empresa conhecida por jogos como Max Payne e Alan Wake e o não muito bom Quantum Break,retorna com Control um jogo de menor orçamento que seus outros mas prometendo manter a mesma linha de loucura de seus jogos.
-Bem vindo ao Federal Bureau of Control
Num mundo onde a crença coletiva pode gerar objetos com poderes sobrenaturais,conhecemos Jesse Faden nossa protagonista, que quando criança ela e a irmã acharam um desses "Objetos de poder",que desencadeou o desaparecimento de toda sua cidade, restando somente ela e seu irmão. Foi quando o "FBC"(ou Federal Bureau of Control) uma organização misteriosa que lida com esse tipo de situação,fazendo com que ela se separasse de seu irmão.
Muitos anos depois ela encontra enfim o estabelecimento da organização,ao adentrar o local descobrimos que ele está em quarentena pois uma especie de entidade chamada pela protagonista de "o ruido"(devido aos sons que ela escuta ao se aproximar do local) tomou conta do local,transformando as pessoas em criaturas agressivas, e o diretor do local está morto em sua sala. Ao se aproximar percebemos uma arma diferentes, e quase como um impulso ela toma essa arma para si,e com isso se torna a nova diretora do FBC, assim a jornada por respostas se inicia.
O jogo estabelece muito bem inicialmente todas as perguntas no inicio do jogo, para a cada missão que é concluída uma peça desse quebra cabeça e encaixada,fazendo o jogador ficar completamente imersivo não só na história mas em todo o universo criado para o jogo.
O ponto mais positivo de Control é certamente sua construção de mundo e sua narrativa,a cada texto encontrado descobrimos mais sobre o que são os objetos de poder como alguns surgiram e o que são cada um, o próprio prédio da organização chamado de "Antiga Casa",é um objeto de poder,com vida própria,surgindo quando e onde quiser,com seus locais internos podendo mudar de posição também e podendo levar a outros locais,como um hotel de beira de estrada que pode abrir portas para outras dimensões.
O jogo te faz querer coletar os textos e áudios não para ter um 100%,mas sim para conhecer o máximo sobre todo esse universo.
-Tome o Controle
Como o jogo se passa inteiramente no prédio,ele é dividido em áreas como área de manutenção,de pesquisa,entre outras. Elas apresentam uma mudança significativa de cenário,fazendo o jogo não parecer repetitivo e cansativo. A exploração das áreas é bem linear,o que é um problema para um jogo que foi promovido como metroidvania suas habilidades não te levam a nossas áreas(com uma exceção),e a navegação pelo mapa não é muito didática fazendo o jogador se perder por não saber ao certo qual andar deveria ir.
Além de andar e coletar itens temos um combate onde atiramos com a arma do serviço que tem upgrades que transformam ela em uma escopeta,lança granadas entre outras,temos também os poderes que basicamente se resumem a telecinese onde jogamos objetos nos inimigos,ainda podemos controlar inimigos e voar. O combate do jogo é bem simples,mas a maneira que é executada mostra que menos é mais,principalmente se falando sobre a telecinese que é um recurso já usados por vários jogos e Control certamente é um dos melhores usos,as animações e física dos objetos são de um cuidado absurdo(ao pegar um item atrás do inimigo por exemplo ele é acertado),quase todos os itens do cenário podem ser pegos e destruídos e na falta de objetos a personagem tira pedaços de chão e parede para atacar.
Cada arma possui espaços para adquirir modificadores,que parecem que foram adicionados sem o cuidado devido,já que no final não faz muita uma diferença,é uma mecânica que pode ser muito bem descartada.
Outra coisa facilmente descartada são as missões com tempo limite,em momentos aléatorios uma dessas missões aparecem onde temos um tempo limite para chegar ao local e destruir inimigos/objetos para sermos recompensados com um modificação nova,a recompensa não vale o esforço já que muitas vezes temos que mudar de área e andar distancias longas.
Control é graficamente impecável, o uso de iluminação para indicar perigos, as partículas de explosões ao arremessar objetos,a simetria na coloração entre cinza e vermelho,as letras brancas que aparecem ao entrar numa área nova indicando o nome,no PC com o RTX ligando tudo isso é levado a outro nível fazendo ser o melhor uso desses recursos do ano. O que acabou gerando alguns problemas,a versão de PS4 base e Xbox one tem quedas de FPS absurdas,até o Xbox one X e PCs tem problemas para rodar o jogo,mínimos mas eles ainda tão lá.
-Veredito
Control é o melhor jogo da Remedy,trazendo um universo próprio cheio de segredos e surpresas,com um combate simples mas completamente recompensantes,e mesmo com seus problemas é um dos melhores jogos desse ano.
-Nota:9,0