Marcadores

quarta-feira, 14 de outubro de 2020

Resident Evil 3 Review

 

O lançamento do remake do segundo residente evil  trouxe um ótimo ar para a franquia, com um Mr X que com certeza deixou muita gente traumatizada, levantava muito a expectativa para o próximo remake e principalmente pelo Nemesis. Uma das marcas registradas da franquia um perseguidor implacável destinado a acabar com Jill a qualquer custo, será que aqui temos nosso caçador definitivo?

-28 De Setembro de 1998

Vamos começar pelo Enredo, aqui com alterações significativas do jogo original, algumas interessantes outras nem tanto, mas mantendo a alma da coisa, a cidade foi tomada por zumbis e é preciso fugir rápido antes que eles te peguem. Jill inicialmente tem uma paranoia com medo de que o vírus esteja dormindo em seu corpo e em algum momento irá transformá-la em zumbi. Uma ideia incrível que é abandonada minutos depois de apresentada.

Outra coisa abandonada do original são os locais por onde Jill, coisas marcantes como a torre do relógio e a estação de tratamento de água não estão presentes, dando espaço para locais bem menos interessantes, como um esgoto de duas telas. Outros tiveram algumas mudanças como o departamento de polícia que agora exploramos com o Carlos (que guarda uma surpresinha divertida para quem jogou o remake anterior).

-Um Remake sem nada a se lembrar

Mas como disse antes, o destaque do original era nemesis te perseguindo constantemente, aqui ele é basicamente pequenas sessões de perseguições completamente desinteressantes que se resumem a andar para a frente até chegar no ponto onde ele vai embora. Principalmente após termos uma criatura como o Mr. X que deixava o jogador apreensivo a todo momento, é decepcionante ter o nemesis como algo tão simples e desinteressante como feito nesse jogo.

Junto dos cenários retirados, todos os puzzles do jogo anterior foram retirados, restando somente a ação que segue exatamente a do segundo jogo, com a adição de barris explosivos em algumas áreas, e a possibilidade de desviar de ataques, possibilitando um “bullet time” por alguns segundos.

-Veredito

Resident Evil 3, é um jogo de ação divertido mas que não consegue ter nada para se tornar memorável, junto de um nemesis extremamente decepcionante transformar o que podia ser um dos melhores na franquia em só mais um qualquer na lista gigante de jogos.

-Nota: 7,0











segunda-feira, 7 de setembro de 2020

No Straight Roads Review

 Quando a premissa do jogo é sobre o mundo ser dominado pela música eletrônica e agora é preciso usar o rock para salvar as pessoas, é muito fácil associar isso a personagens de preto, e a constante afirmação que rock é o melhor gênero musical e nada se compara com ele. No Straight Roads vai pelo extremo oposto.

-Derrube o governo com o Rock

Mayday e Zuke formam uma banda chamada Bunk Bed Junction, e estão indo participar de um programa similar a coisas como "The Voice" ou o "X Factor" para se tornarem o novo astro da NSR e com isso gerar energia para a cidade que vem passando por problemas de blecaute. Além de serem recusados pelo júri, o Rock é proibido na cidade, fazendo com que a dupla iniciem uma revolução para derrubar todos os lideres da empresa.

Num cenário colorido e cheio de personalidade a música é a principal protagonista, já que é preciso enfrentar os líderes, e nada melhor que uma batalha musical. Da músical idol similar a Hatsune Miku, até musica clássica o jogo oferece uma gama de estilos musicais, que ainda tem variações durante a batalha deixando ela mais puxada para a eletrônica ou para o Indie Rock.

O enredo tem esse tom meio bobo que diverte com os absurdos dos personagens que eles enfrentam, junto com o bom humor de Mayday e Zuke rendem boas gargalhadas no jogo.

-Um combate fora de tempo

Infelizmente nem tudo são rosas, o jogo é focado em batalhas contra chefes, o que por si só não é um problema, mas o combate não é nada divertido deixando difícil de se ver onde o jogador está sendo atacado, outras batalhas é até complicado de como enfrentar o chefe. O que ajuda é que os respawn são instantâneos caso o jogador esteja disposto a perder o ranking da batalha (que não faz muita diferença se você só quer seguir a história) tornando menos frustante a experiencia. Além disso bater não tem nenhuma sensação de impacto, passa uma impressão que o jogador constantemente tá batendo no nada piorando todo o combate.

-Veredito 

No Straight Roads é absurdamente divertido, mas com um combate com uma falta de polimento que caso não te incomode pode oferecer uma das melhores experiencias desse ano.

-Nota:7,0



domingo, 30 de agosto de 2020

Samurai Jack: Battle Through time Review

   Samurai Jack criado por gendy tartakovsky criador do Laboratório de dexter e menins super poderosas. Diferentes dos outros dois, não fez um sucesso estrondoso, e logo depois de seu cancelamento se tornou um clássico cult que clamavam por um final definitivo para animação. Foi quando em 2017 onde ele ganhou sua ultíma temporada e a batalha final contra Aku.

-De volta para o futuro

O jogo se inicia na batalha final da quinta temporada de samurai jack, mas no momento que Jack ia iniciar sua investida final a Aku, o vilão abre um portal e o manda para momentos passados da sua jornada, agora resta ao samurai uma forma de retornar ao momento em que enfrentava Aku para enfim derrotar o mal e retornar ao seu tempo.

A história do jogo é nula, basicamente Jack precisa reviver momentos do desenho para encontrar uma forma de voltar. O desenho também não apresentava uma história sequencial, cada episódio era focado nele mesmo, a diferença entre as duas coisas era que o desenho tinha uma arte belíssima junto de uma trilha sonora incrível e momentos de silencio muito bem colocado. Enquanto o jogo nem tenta fazer jus ao desenho, ele é gráficamente desinteressante, junto de uma trilha sonora genérica transforma a nostalgia de encontrar personagens queridos do desenho, ou locais de episódios divertidos, em algo que não faz diferença.

-Um jogo de outra época  

A primeira coisa que dá pra se sentir ao entrar no jogo pela primeira vez é uma sensação de que é um jogo de ps2. Não de uma forma pejorativa, mas pela simplicidade que o cenário passa, e as mecânicas iniciais se apresentam. Logo depois isso é levemente afastado pelo número de possibilidades que o jogo te apresenta. Além dá sua Katana mágica Jack pode usar uma variedade de bastões, maças e martelos cada um com seus prós e contras. Além de poder refletir golpes inimigos ao apertar a defesa no momento exato, várias coisas que parecem trazer uma profundidade interessante para o jogo. O problema é a falta de incetivo a usar as diferentes mecânicas, já que acertar o tempo de refletir não é muito fácil além de que muitas vezes os inimigos não vão ficar atordoados podendo te atacar enquanto o jogador está desferindo os golpes. É muito mais prático repetir um mesmo combo que quebra a defesa do que tentar refletir ou usar uma variedade de golpes.

-Veredito 

Samurai Jack Battle Through time é um entretenimento vazio que pode te trazer algumas horas de diversão e nostalgia de se encontrar alguns personagens, mas não faz jus a animação.

-Nota: 6,0 




sexta-feira, 14 de agosto de 2020

Shadow of the Tomb Raider

O terceiro jogo da nova Lara Croft dessa vez com uma mudança de time de produção, os dois primeiros foram feitos pela Cristal Dinamics enquanto esse é uma produção da Eidos Montreal, conhecida pelos novos jogos de Deus Ex.

-O Fim do mundo se aproxima

Com o objetivo de derrotar de vez a Trinity a organização do mal que quer dominar o mundo, Lara acabando iniciando o fim do mundo ao pegar um artefato e agora precisa agir para evitar a morte do sol. Todo o marketing do jogo foi feito encima do fato que Lara seria confrontada sobre as escolhas dela, de constantemente roubar artefatos de seus povos, e também sobre o mundo não girar em torno dela.

Inicialmente o jogo de fato parece caminhar para isso, a primeira hora do jogo te coloca como culpada de inundar uma grande cidade do México causando um grande número de mortes, e logo depois a personagem tentando ignorar completamente todas as vidas perdidas para seguir a próxima pista, quando é confrontada por seu amigo dizendo que o mundo não é sobre ela. E é isso, a partir do momento que eles saem do México todo essas camadas da história desaparecem, ninguém nunca mais questiona este fato, e quanto mais a trama se aproxima do seu fim, mais a Lara vai se tornando A Escolhida e tudo sempre gira em torno dela.

Além desses problemas a narrativa usa os mesmo elementos do jogo anterior, passando constantemente a impressão que é a mesma história mas em outro lugar, até chegar no pior desfecho da franquia, completamente mal explicado, forçado e previsível além da batalha de chefe completamente tediante.

-Se torne um com o ambiente 

O jogo não traz quase nenhuma mudança de seu antecessor, ainda temos um mundo relativamente aberto nele podemos coletar recursos sejam eles plantas, ou couro de animais mortos. Além dos coletáveis como objetos e cartas e as estátuas que te dão ensinam um pouco de linguás para poder ler monólitos, que dessa vez te entregam uma charada para ser decifrada, mas ainda sem recompensas que valem o esforço.

As tumbas de desafios também retornam nesse jogo, dessa vez sem o desafio. Os quebra cabeça do jogo anterior já eram bem simples, mas de uma forma recompensadora de se resolver enquanto aqui no máximo vamos decidir onde é preciso pular, além das recompensas que não valem a pena o tempo de exploração dos locais.  

A maior adição do jogo é a possibilidade de se camuflar no ambiente, em certos momentos Lara pode se usar a lama do ambiente, para poder se esconder aumentando um pouco a possibilidade da furtividade. O resto do combate segue a mesma linha do anterior, com uma frequência maior que acaba tornando ele repetitivo muito rapidamente além do desafio neles serem quase nulos.

-Veredito 

Shadow of the Tomb Raider é um triste desfecho da trilogia nova de Lara, numa busca para tornar o jogo maior com um mundo aberto extenso, tornou o jogo cade vez mais em algo tedioso completamente derivativo de qualquer jogo desse mesmo gênero.

-Nota:5,5 

sábado, 1 de agosto de 2020

Carrion Review

Em jogos estamos constantemente travando embates com criaturas bizarras, ou fugindo delas, mas ninguém nunca parou para perguntar, qual é o lado da criatura, será que ela está bem talvez ela esteja fugindo também, e é por isso que temos Carrion.
-O Terror Reverso
Carrion é uma criatura que está em busca de sua liberdade de um centro de pesquisa militar, para isso ele vai exterminar qualquer humano em seu caminho para completar seu objetivo. Basicamente a narrativa do jogo é isso, ainda durante o jogo encontramos alguns flashback sobre tentativas anteriores da criatura de fugir, mas nada com muita profundidade. A criatura é profundamente inspirada na criatura do " Enigma do outro mundo", um dos filmes mais importantes de Body Horror, algo bem focado na violência gráfica o que reflete no jogo também. O jogador está constantemente consumindo humanos de forma sanguinária, mas com a pixel art não se torna uma experiencia que incomoda.
A simplicidade do jogo ajuda muito na experiencia, controlar Carrion é super fácil e ela flui pelo cenário deixando o ato de ir do ponto A ao B gostoso.
Para avançar no jogo é preciso ir criando uma especie de casulo em determinadas áreas do cenário, onde muitas vezes antes é preciso completar um quebra cabeça, que pode ser em forma de combate onde é preciso encontrar a maneira certa de lidar com os humanos. Outros geram no conceito da criatura crescer ou diminuir. Carrion tem 3 tamanhos diferentes, cada um deles proporcionam habilidades diferentes, e é preciso saber combinar ambas para avançar.
Por mais que a maioria das atividades sejam divertidas, se torna levemente repetitivo muito rápido, e as habilidades novas (com exceção de uma) não adicionam muita diferenciação na jornada.
Além da repetição Carrion sofre um pouco em guiar o jogador para novas áreas, primeiro na similaridade dos cenários, em alguns momentos é difícil diferenciar se o jogador está numa área nova, ou é retornou a algum. E como o jogo não tem mapa em certos momentos podemos ficar andando em circulo sem saber para onde ir, levando a um pouco de frustação.
-Veredito
Carrion traz uma ótima ideia numa experiencia curta, que, por mais que apresenta problemas sabe a hora de terminar e consegue divertir nas suas poucas horas de jogo.
-Nota: 7,0



quarta-feira, 22 de julho de 2020

Rise of the Tomb Raider Review

O Reboot de Tomb Raider trouxe um novo ar de uma franquia que tava no seu ponto mais baixo (com direito a lara croft clone maligno), e trouxe um lado mais sobrevivente da incrível Lara Croft.
-No Gelo da Sibéria
Depois de experienciar acontecimentos sobrenaturais, Lara resolve retomar as pesquisas do seu falecido pai, sobre a tumba do profeta e o segredo da imortalidade, o que a leva para a Sibéria onde ela precisa desvendar os mistérios antes da Trindade um grupo misterioso que está atacando os nativos em busca de respostas.
Enquanto o primeiro jogo era uma luta de sobrevivência, esse é sobre encontrar respostas, não só sobre a existência ou não de Kitej e a imortalidade, mas de uma prova que o pai de Lara não estava louco afinal.
É ai que entre os tropeços da narrativa, é muito difícil se importar com o dilema de Lara, é muito claro que no momento do climax a protagonista vai fazer a escolha certa pelo bem da humanidade, junto de personagens nada interessantes e outros que passam horas sem nenhuma menção e somente retornam para colocar um peso dramático na história, fica difícil se importar com alguma coisa além de conhecer a grande cidade perdida. Desvendar esse mito era o que mantinha o jogo interessante, eu queria saber qual era o segredo guardado nos gelos siberianos, mas a narrativa se beneficiaria demais de uma estrutura mais linear.
-Muito a coletar
Como muitos jogos recentes Tomb Raider adotou a estrutura mais ampla tendo um foco na exploração de cenários, algo que faz sentido com a temática do jogo, pena que é tão mal explorado. Ele apresenta diversos coletáveis para serem coletados, coisas como moedas antigas para trocar por alguns itens, objetos históricos e alguns murais que ensinam a Lara um pouco da língua especifica algo que no papel é muito interessante, mas a unica recompensa para se coletar e aumentar o nível da língua, são monólitos que revelam baus e moedas escondidas, tornando numa caça a ícones completamente desinteressante. O acerto na exploração fica nas tumbas opcionais, locais onde é preciso resolver um puzzle para coletar uma habilidade nova pra Lara. Os puzzles não são super complicados, mas conseguem divertir e em sua grande maioria é recompensador chegar no final pela recompensa ou só por explorar um local belo.
Enquanto Lara não tá coletando itens pelo mapa, ela está lidando com inimigos, e para isso o jogo tem um arsenal de armas junto do seu grande companheiro o Arco, com direito a flechas venenosas, de fogo e explosivas, para ajudar a lidar de forma furtiva. Além disso temos o "instinto" que funciona como o modo detetive do Batman, ou a visão de Bruxo de The witcher, onde itens e inimigos ficarão em evidencia, caso o inimigo esteja sendo visto por seus aliados ele brilha vermelho, facilitando para o jogador decidir qual a melhor forma de se aproximar.
Jogar de maneira furtiva é divertido, os upgrades do arco deixam a experiencia extremamente fluída,mas o jogo não permite muitos embates dessa maneira, constantemente ele te coloca em situações onde Lara já foi descoberta, e mais para o fim do jogo apresentam inimigos q caso o jogador não tenha desbloqueado certa habilidade não é possível lidar furtivamente.
-Veredito
Rise of Tomb Raider tenta fazer demais e acaba entregando ideias extremamente interessante mas seu o devido trabalho delas.
-Nota:7,0



sexta-feira, 17 de julho de 2020

spongebob battle for bikini bottom rehydrated: review

Bob Esponja é uma figura cultural muito importante, todo mundo conhece os personagens, e ele já deu muito as caras nos vídeo games desde do ps1, mas um jogo em particular acabou ganhando atenção, alguns anos atrás. Battle for Bikini Bottom, é um jogo de ps2 lançado em 2003, que foi acolhido pela comunidade de speedrun fazendo um enorme sucesso no games done quick um evento beneficente de speedruns, depois disso a THQ Nordic resolveu reviver esse jogo devido o sucesso repentino do mesmo.
-De Volta a Fenda do Bikini
Battle for Bikini Bottom é um "Collectathon", jogos como Spyro ou Banjo onde é preciso coletar certos itens para avançar, no caso do Bob Esponja são espátulas douradas. Entre os locais estão vários locais conhecidos das primeiras temporadas do desenho coisas como o campo de água viva, o esconderijo do homem sereia e mexilhãozinho ou a fenda da pedra. O remaster faz um bom trabalho de reproduzir o estilo artístico cartunesco cheio de cores, mas no geral é uma remasterização muito medíocre. O jogo é graficamente datado, e não teve nem um polimento nas animações, claro que é injusto comparar com um crash trilogy que tem um orçamento bem maior ainda sim poderia ter sido um trabalho mais bem feito.
-Simplicidade e problemas
O jogo não apresenta nenhuma gameplay muito complicada ou mecânica diferente para se diferenciar dos outros do gêneros. Entramos nas fases, onde temos alguns objetivos onde seremos recompensados pelas espatulas, ao conseguir uma quantia para avançar para a próxima podemos sair e seguir. O jogo tem uma inconsistência em suas fases, de qualidade e de tamanho, a primeira fase por exemplo (o campo de água viva), ela é gigante e desinteressante é basicamente um corredor gigante, enquanto outras como o esconderijo do homem sereia, tem um ritmo muito melhor junto de desafios divertidos.
Além do Bob Esponja temos ainda o Patrick e a Sandy como personagens jogáveis, cada um com uma habilidade especifica. Bob tem o poder das bolhas de sabão onde ele pode jogar em inimigos, ou usar para dar uma cabeçada, Patrick tem uma barrigada e pode arremessar objeto enquanto a Sandy pode pular mais alto e planar. Sandy é a personagem mais interessante dos três por adicionar mais fluidez e verticalidade para o jogo.
O que atrapalha são os problemas que vieram da versão de ps2, coisas como objetos que param de funcionar, como trampolim que simplesmente não te dão impulso e caixas que não se quebram, além dos controles muitas vezes imprecisos que em momentos que necessitam mais do jogador acabam te deixando na mão.
-Veredito 
Battle For Bikini Bottom, tem vários problemas, mas também oferece um jogo simples que consegue divertir enquanto traz uma nostalgia das primeiras temporadas de Bob Esponja.
-Nota: 6,5


domingo, 28 de junho de 2020

The Last of Us 2 Abby e a quebra da expectativa

The Last Of Us certamente dividiu a opinião dos fans pelas suas escolhas narrativas tomadas, muito parecido com as reclamações no episódio 8 de Star Wars surgiram coisas como "Não parecia que eu estava jogando The Last Of Us", muito disso vem da segunda metade do jogo, onde temos controle de Abby supostamente a vilã da história.
Desde do anuncio da parte 2, todos esperávamos, uma nova jornada com o Joel e a Ellie, ver esses dois personagens interagindo e é aí que o jogo joga seu primeiro balde de água fria, logo nas primeiras horas do jogo Joel é assassinado e a interação ou a jornada entre ele e a Ellie que vinha sido esperada por todos nunca acontece, além de colocar a Abby como vilã.
Vamos voltar um pouco ao primeiro jogo, na jornada da Ellie e Joel, não existe essa figura de antagonismo, fora que se formos pensar no mundo ali como um todo, o vilão da história seria o Joel, já que ele condenou o resto dos humanos sem nem ao menos dar a possibilidade de escolha para Ellie. É totalmente compreensível a escolha de Joel principalmente por acompanhar ele por toda essa jornada, mas isso precisava trazer conseqüências. É claro que quando o Joel morreu eu queria que a Ellie jogasse fogo em todo mundo, eu tinha um vinculo com aquele personagem,mas ele nunca foi um santo(e é isso que tornou ele interessante), e a própria Ellie sabe disso. Logo no início da jornada Dina começa a perguntar sobre quem poderia ser aquele grupo de pessoas, onde a Ellie responde que não vale a pena tentar adivinhar já que o Joel precisou fazer coisas terríveis para sobreviver.
Depois de caçar boa parte das pessoas em volta de Abby, as duas se encontram e no momento de maior tensão o jogo faz sua escolha narrativa mais interessante, te tira desse momento e te coloca na pele da Abby logo depois de retornar da busca de Joel, mostrando ali não um bando de assassinos ou malucos como vemos alguns grupos no primeiro jogo mas como em Jackson, pessoas vivendo nas suas rotinas lidando com seus próprios problemas na sua guerra contra os "Scars" um grupo de fanáticos religiosos. Enquanto a jornada da Ellie é sobre buscar sua vingança, Abby traz um lado mais esperançoso, ela já concluiu sua jornada de vingança ela não trouxe o alivio que ela esperava, na busca por uma nova motivação ela encontra Lev e Yara duas crianças "Scars" que estavam tentando fugir, é principalmente em Lev que ela vê alguma esperança, exatamente como Joel vê em Ellie no primeiro jogo.
Pra mim os momentos com Abby me trouxeram de volta pro jogo, eu me importei com aqueles personagens, eu já sabia o que aguardava aqueles personagens, mas eu me liguei a eles, e no momento onde inicialmente eu queria que a Ellie concluísse sua vingança, agora eu estava secretamente torcendo pela Abby ou por uma maneira do embate ser resolvido pacificamente.
É compreensível essa resistência a Abby num primeiro momento, Joel é um personagem muito querido, e foi colocado num pedestal por boa parte dos fans, e ver ele ser morto por Abby é doloroso. É preciso tira-lo desse pedestal e tentar ver o outro lado, aqui não existe o personagem que é a bondade no mundo aquele que vai trazer a paz, contra o mal maior disposto a tudo para destruir o mundo, são pessoas com suas próprias vivencias. Eu sempre esperei que o que Joel fez no final do primeiro jogo fosse cobrado no segundo, me acabei de chorar na morte dele mesmo assim, talvez tenha me ajudado a me importar com a Abby assim que temos o controle dela e por isso a segunda metade foi tão impactante para mim. Acho que a Abby merece uma chance pois sem ela The Last Of Us parte 2 não serie metade de experiencia que ele é.
   

segunda-feira, 22 de junho de 2020

Valorant

Anunciado nas comemorações de 10 anos da Riot, Valorant é o primeiro jogo da empresa que não integra o universo de League of Legends, e também o primeiro FPS.
O jogo tem como sua base o Counter-Strike, onde temos o time atacante que precisa plantar a bomba (aqui chamada de spike) na área informada, enquanto os defensores precisam impedir que isso aconteça, ou desarmar a spike.
O grande diferencial é que ele também é um jogo de personagens, e cada um deles tem habilidades especifica, pertencente à uma classe. Temos os Duelistas, com habilidades focadas em trocas, como cegar inimigos ou causar danos. Sentinelas são algo como suporte, onde suas habilidades, vão dar auxilio aos outros jogadores. Controladores, personagens ótimos para proteger áreas com suas habilidades dando controle de campo, e por último os iniciadores que como o nome diz, facilitam a inicialização de combates.
Mesmo com os personagens e habilidades, o jogo pega tanto de CS que muitas vezes o jogo mal parece ter algo original parecendo mais um mod que um jogo original.
Ele apresenta alguns problemas bem básicos como, armas muito similares o que dificulta a resposta visual de qual arma é aquele, principalmente em momentos de combate, o jogador precisa saber qual arma é aquela no chão para poder se preparar para o confronto.
-Anti-Cheat e algumas outras polemicas
Todo o período de beta, e o lançamento do jogo foi cercado por algumas reclamações, primeiramente em questão do anti-cheat do jogo o "Riot Vanguard", ao instalar ele vai sempre iniciar junto de seu computador, e ao fecha-lo, é preciso reiniciar todo o sistema. Isso fez com que os "Gamers" ficassem exaltados dizendo que o serviço de proteção estavam roubando informações de computadores e enviando para china já que a maior parte da Riot é da grande empresa chinesa "Tencent". Claro que essa onde de informações falsas fizeram com que o time de desenvolvimento fosse a público dizer que não tinham cabimento isso e que o serviço tá ali para gerar punições severas a quem usar hacks, posso dizer que a proteção é funcional, onde no meio da partida se houver alguém utilizando hacks a partida é cancelada com uma tela gigante vermelha e o usuário é banido.
O outro problema já é velho principalmente nos servidores brasileiros dos jogos da Riot, que são os ataques dentro do jogo e a falta de uma punição rápida e severa da empresa.
Na primeira semana de lançamento do jogo, surgiram inúmeros casos de machismos contra streamers e jogadoras pelo chat de voz. A denuncia já havia sido feita e o jogador continuou livre por ai até as reclamações chegarem nas redes sociais. A toxidade de League of Legends já é conhecida a anos, é normal encontrar aquele jogador xingando, humilhando entre outras coisas no jogo sem nenhuma punição, e mesmo quando acontece(o que é bem raro), são poucos dias. Parece que toda essa parte deprimente da comunidade tem vindo em peso para o jogo novo da Riot, afastando vários públicos, muitas garotas se escondem com nicks neutros ou masculinos, evitam usar o chat de voz (o que num jogo como valorant atrapalha demais), e com isso essa parte tóxica só cresce mais e mais. Numa empresa que sempre reforça apoiar diversidade, tem tomado poucas ações para ajudar esse mesmo público. 

quinta-feira, 7 de maio de 2020

Streets of Rage 4 Review

Todo mundo que tinha um megadriver, com certeza tinha Streets of Rage em meio aos jogos, e com isso muitas horas de diversão. O Beat n' up era um dos grandes gêneros, e era simples andar e bater. Com os anos passando a Sega tentou emplacar um novo Beat n' up, e principalmente um novo Streets of Rage, mas foi só em 2020 que numa parceria entre a Sega e a DotEmu que esse sonho se tornou verdade.
-Retorne a Wood Oak City
Dez anos após a derrota do Mr X e o sindicato, uma nova organização criminosa formada pelos seus filhos os gêmeos Y começa a tomar controle da cidade, e agora o grupo de ex detetive precisa acabar com os planos de controlar toda a cidade. Como era de se esperar a história do jogo só está ali para um pretexto pros personagens andarem pela cidade batendo em todos pela frente.
O destaque fica na arte do jogo, ao invés da pixel art dos jogos originais, a DotEmu, traz uma arte que parece que foi feita a mão, junto com os personagens antigos mais envelhecidos e adição de novos companheiro como a Chery, filha do Adam um dos personagens do primeiro jogo.
-Quase um jogo de luta
A maior evolução do jogo, tá no seu gameplay, ele pega dos jogos de luta uma inspiração para atualizar seu combate. O primeiro de tudo foi a adição de golpes especias, cada personagem tem três diferentes (botão parado, no ar, e junto com frente). Elas consomem vida mas que pode ser recuperada ao acertar golpes normais sem levar dano. Além disso agora podemos cancelar vários golpes fazendo com que os combos durem por muito mais tempo e com isso aumentando a pontuação.
Como todo Beat n' Up ele é bem curtinho, dependendo da dificuldade e sua habilidade leva cerca de 2 horas para finalizar o jogo, o que estende um pouco a vida são os novos personagens que vão sendo desbloqueado durante a história, cada um deles funciona de uma forma diferente o que gera combos muito específicos para cada um.
A trilha sonora deixa um pouco a desejar, trazendo como convidados músicos que fizeram a trilha dos antecessores, gerando algumas músicas boas, mas outras que não encaixam muito bem com o cenário nem o momento do jogo.
-Veredito
Streets of Rage 4 vale o tempo esperando, num jogo fluido, bonito e mostrando que o gênero Beat n' Up ainda tem espaço nos dias de hoje.
-Nota:9,0

quinta-feira, 23 de abril de 2020

Halo Reach (Master Chief Colection/PC) Review

Desde o lançamento do primeiro Xbox,Halo foi o cabo chefe da microsoft, rendendo uma incrível trilogia feita pela Bungie. É então que começa a surgir algumas intrigas entre as duas empresas,já que a microsoft queria continuar a franquia enquanto a bungie queria seguir outros caminhos. E então surgiu um meio termo,um último Halo feito pela Bungie, dessa vez com outros personagens,em um lugar muito mencionado na trilogia.
-Uma história onde já se sabe o fim
Quem acompanha a franquia,sabe o destino fatídico do planeta Reach,mas como foi os últimos momentos das pessoas que estavam lá.
Seu esquadrão inicialmente é chamado para o planeta para lidar com alguns ataques rebeldes,o que eles não sabiam era que não existiam rebeldes e era o inicio de um ataque em grande escala dos Covenants. Agora resta tentar tirar o máximo de civis do planeta antes que seja tarde demais.
A bungie tinha um trabalho difícil aqui,fazer o jogador se importante com o que está acontecendo mesmo sabendo do seu fim,e em grande parte funciona,cada vez que perdemos um membro do esquadrão num momento rápido de esperança é doloroso,o tom do jogo cada vez mais se torna fúnebre refletindo no tom de cor do jogo.
O trabalho de remasterização no PC foi muito bem feito, as texturas foram melhoradas, e junto com a resolução aumentada tornam todo o mapa uma coisa nova e fresca.
-Um fps datado 
A única mudança em gameplay que o jogo não apresenta muitas novidades, somente a adição de habilidades de armadura, são completamente simplistas e variam entre poder correr por um tempo, um jet-pack, ficar invisível entre outras. No fim do dia essas habilidades não adicionam ao combate.
Para um jogo lançado em 2010, as mecânicas do jogo já está meio datada fazendo com que o combate não seja tão empolgante quanto os jogos anteriores, e até mesmo outros jogos do mesmo gênero. O level design ajuda a suprir esse problema, existem várias missões com pegadas bem diferentes, de infiltrações sorrateiras contra inimigos, explodir geradores chamando o máximo de atenção possível.
-Veredito
Halo: Reach é um ultimo respiro de uma franquia, que somente decaiu após esse jogo, junto com as melhoras gráficas trazidas pela remasterização, é um bom momento para retornar a Halo.
-Nota: 8,0



segunda-feira, 30 de março de 2020

Ori and the Will of The Wisps

O primeiro Ori supreendeu a todos desde seu anuncio com uma beleza descomunal e uma gameplay fluída,tornando um dos melhores metroidvanias. Não parecia existir uma maneira de melhoria,foi então que a Moon Studio anuncia uma sequencia provando que sim,dá para ficar mais bonito.
-Quase um filme da Pixar
Se iniciando logo após o encerramento do primeiro jogo Ori agora tem um novo companheiro,uma corujinha que nasce com uma asinha defeituosa e por isso não conseguia voar. Foi então que Ori lembra de sua pena(muito utilizada no primeiro jogo)  fazendo com que a coruja consiga voar,a dupla só não esperava que uma tempestade separaria os dois,num local hostil dominado pela corrupção,agora Ori precisa encontrar seu amigo e livrar o local da corrupção.
A história segue a mesma linha do primeiro jogo,onde no inicio temos uma grande carga de narrativa,e depois a gameplay toma parte por um longo tempo fazendo com que um não entre no caminho do outro,nada muito grandioso,mas é uma história agradável onde é muito fácil se emocionar e se importar com aqueles personagens na tela.
Como Ori foi para outra área daquele mundo temos vários locais novos para explorar,numa variedade bem maior que o primeiro jogo,áreas de gelo,desertos e zonas corrompidas fazem parte desse novo jogo,agora com alguns elementos do cenário em 3D,gerando um efeito lindo nos cenários.
-Bebendo das águas de Hollow Knight
O jogo traz um grande número de mudanças,começando com a adição de NPCs que o jogador vai encontrar durante a jornada,e junto disso traz várias novidades,principalmente para o sistema de combate do jogo. Diferente do antecessor que lidávamos com os inimigos com um espírito que atirava neles,temos agora um sistema de combate mais complexo onde Ori adquire ou compra habilidades que apresenta certa diversidade,ataques de lança,martelo flechas entre outras coisas englobam o arsenal de Ori
Além de habilidades o jogador pode encontrar alguns "amuletos" que como em Hollow Knight adicionam algum diferencial para o jogador,seja algo passivo como aumentar um pouco a defesa,ou alguns mais sobre utilidade,como fazer Ori ficar agarrado em uma parede.
Na exploração é onde novamente o jogo brilha,boa parte das habilidades de exploração do primeiro jogo são desbloqueadas já nas primeiras horas de jogo que junto das habilidades adicionadas nesse jogo,tornam a exploração a melhor parte do jogo. Ori flui de uma maneira incrível,e caso a pessoa tenha uma habilidade muito grande consegue passar boa parte do jogo sem tocar no chão.
Batalhas contra chefes são outra novidade do jogo,que essa já não é tão agradável,o design dos chefes são fantásticos,mas combates fechados tiram toda a magia do jogo,transformando só numa batalha lenta.
-Veredito
Ori and the Will of the Wisps,é uma ótima evolução que mesmo com alguns tropeços entrega uma experiencia tão boa quanto o primeiro jogo.
-Nota:9,0


quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

Kentucky Route Zero Review

O primeiro capítulo de Kentucky Route Zero foi lançado em 2013,seu último em 2020,durante todos esses anos tivemos consoles sendo substituídos e anunciados,empresas se tornando notórias e logo após morrerem,será que o jogo sobreviveu a todos esses anos?
-Uma viagem pelos EUA   
Um entregador de antiguidades prestes a se aposentar quer fazer uma ultima entrega,e para isso ele tem que encontrar a rota zero,uma estrada misteriosa que vai levar a inúmeros lugares bizarros e conhecer pessoas que vão te ajudar nessa caminhada. Todas essas pessoas incluindo o protagonista compartilham de um mesmo problema, a situação de pobreza,pessoas que abandonaram seus filhos,sua casa,preso em trabalhos degradante,dividas imensas por problemas de saúde sempre envolto em algum misticismo que pode passar batido caso o jogador não tenha o contexto da região,num texto muitas vezes poéticos com um inglês rebuscado divididas em 5 capítulos. 
É uma história dura que mesmo na melhor da situação ainda não vai ser um final feliz,mas com alguma esperança de melhora.
Durante os 5 capítulos existe um problema com ritmo,principalmente no quarto capítulo que é o mais longo e traz um ritmo muito lento,e como ele se resume a ler texto pode ficar maçante para uma parcela de jogadores.
-Point n' Click dos anos 90 
O jogo traz muitas similaridades com Adventures dos anos 90,sem os puzzles sem sentido da época,mas andar e interagir com objetos seguem a mesma linha,mas com o passar dos episódios vamos cada vez mais deixando de ser a pessoa que guia os personagens para só experienciar as interações entre aqueles personagens.
Entre os capítulos existem os epílogos onde o jogo diferencia sua gameplay,para contar histórias de personagens e locais que vão aparecer nos próximos capítulos ou não. Uma experiencia pensada para VR,um ligação telefônica que explica o que fazer caso uma cobra esteja encima de você,entre outras coisas. É muito importante fazer os 5 para um entendimento total da narrativa.
-Veredito
Kentucky Route Zero é um projeto de mais de 7 anos que não decepciona,mesmo com problemas no ritmo,consegue te deixar completamente reflexivo sobre os temas abordados no jogo.
-Nota:9,0 


domingo, 16 de fevereiro de 2020

Pokémon Sword/Shield

Squirtle,Charmander ou Bulbassaur, a escolha mais difícil para muitos lá em 96 iniciando a primeira jornada para capturar todos os 150 pokémons e superar a Elite Four se tornando o campeão de Kanto.
Com o passar dos anos novos bichinhos foram adicionados,novos tipos nos levando a oitava geração,após um "Spin-off" levemente decepcionante a franquia original retorna com Sword/Shield.
-Um novo mundo de aventura
Grookey,Scorbunny e Sobble esta vai ser sua escolha em Galar,a nova região inspirada na Inglaterra com direito até um local extremamente similar ao Big Bang,nessa área existe uma força misteriosa que transforma os pokémons em criaturas gigantescas chamadas de Dinamax. Por isso os ginásios se tornaram estádios para comportar as transformações,fazendo com que eles ganhassem publico,transformando cada tentativa de adquirir uma insignia num evento para a cidade,e para toda a região já que as batalhas são televisionadas.
Como todo jogo da série a história tá ali só para te levar de um ponto até outro onde vamos descobrir mais sobre os lendários dessa região nesse caso Zacian e Zamazenta que tem uma ligação com o passado e o futuro da região. Seu rival que também é seu amigo Hop,irmão do atual campeão de Galar Leon,além de lidar com uma organização do mal(no caso só meio insuportável),chamada Team Yell um fã clube de uma das competidoras que fará tudo para garantir a vitória dela. A equipe traz algo mais leve,não existe um plano de dominação mundial,ou destruir o mundo,eles só são inconvenientes,mas vindo logo depois do Team Skull que também num eram supervilões,mas apresentavam vários personagens carismático e divertidos como o Guzma,deixa uma tristeza.
-O perigo é bem maior
Para conseguir todas as insignia,é necessário explorar toda a região de Galar,com isso entra a maior inovação que a franquia já teve,a Wild Area. Logo no inicio do jogo temos acesso a ela,que consiste em uma área onde o jogador tem total liberdade para explorar toda a imensidão dela,encontrando pokémons caminhando por lá,e que alternam dependendo do horário e clima no momento.É possível encontrar criaturas de leveis extremamente maiores do que o jogador fazendo com que seja necessário fugir. Temos também a adição de "raids",batalha contra um pokémon mais difícil de se encontrar com Dinamax ou Gigantamax(que funciona da mesma forma mas o pokémon tem alterações visuais,similar as mega evoluções) para até 4 jogadores. O problema que a wild area trouxe foi que como os leveis não escalam baseados no do jogador as coisas ficam desbalanceadas caso o jogador passe muito tempo na área fazendo raids e afins.
Fora esse problema o jogo traz um desafio mediano e com certeza trazem as batalhas mais emocionantes para coletar as insignias muito disso é pela sensação desses momentos,ele consegue recriar aquele calor da torcida que muitas pessoas sentem ao assistir uma partida de futebol,com o grito das torcidas ao se deparar com o líder para iniciar a batalha. Além disso temos a trilha sonora que teve a participação do Toby Fox(criador de Undertale) e traz uma das melhores lutas de batalha que a franquia teve em muito tempo.
Infelizmente o jogo não é só flores,mesmo com o design do mundo sendo muito bonito,graficamente ele tem pontos que destoam do resto,como algumas árvores que tem uma textura que parece datada,fora o problema de personagens surgirem na sua tela e desaparecerem dependendo da distancia do jogador e os personagens.
-Veredito
Pokémon Sword/Shield é uma ótima introdução da franquia original para consoles de mesa,que passa alguns problemas providos da falta de experiencia da empresa com esse tipo de console,mas é uma ótima introdução de pessoas novas à franquia.
-Nota8,5



quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

DragonBall Z: Kakarot Review

Dragonball já foi adaptado para uma variedade de consoles diferentes,do Super Nintendo até o PS4,a maior parte deles sobre o DragonBall Z já que é o mais famoso e querido entre os fans. Dessa vez a Bandai promete um RPG que será a experiencia definitiva do anime.
-A volta dos guerreiros Z 
O jogo retrata todo o desenho,se iniciando com a chegada de Raditz e Goku descobrindo que faz parte de uma raça alienígena extremamente poderosa até a derrota de Majin Buu e como prometido nos anúncios eles seguem a risco o anime para bem e também para mal. O lado bom é regido pela nostalgia que é onde o jogo consegue fazer um ótimo trabalho reproduzindo de maneira incrível,coisas como a primeira transformação do Goku, Cell vs Freeza ou o sacrifício do Vegeta levam o jogador para a primeira vez onde ele viu aquela cena. Por outro lado a fidelidade com o anime acaba afetando o ritmo do jogo,já que em muito momentos os personagens precisam treinar para lidar com o inimigo,e o jogo te empurra algumas sidequest disfarçadas de história principal além das transições de sagas onde eles insistem em adaptar alguns fillers que mesmo tendo um ou outro engraçado,foi feito para aumentar o tempo de jogo como todos os elementos de RPG encontrados aqui.
-Tudo de ruim que um RPG pode oferecer
Ser um RPG pode significar muitas coisas,mas em Kakarot,significa que somos livres para explorar a terra,e também namekusei. Nos cenários podemos coletar vários tipos de itens diferentes,orbes que servem para desbloquear novos golpes,comida ou em alguns momentos as esferas do dragão que te concedem um ou três desejos dependendo do ponto da história,. Infelizmente os pedidos que podem ser feitos são tão simples que não vale a pena o tempo para buscar as sete(ganha orbes,dinheiro ou então enfrente novamente um chefe).
O jogo apresenta uma gama de mecânicas que no fim do dia são só mais um menu a mais,como poder cozinhar para aumentar sua força,vida entre outros por algum tempo,e o sistema de comunidade onde o jogo te dá alguns "tazos" dos personagens,e ao ser colocado ao lado de um outro (algo como Goku e Vegeta juntos),aumentando uma percentagem que pode ser de dano,tempo que os efeitos da comida duram entre outros,que no fim do dia não traz muita diferença além de ser mais um painel para o jogador gastar mais horas tentando coletar todos os personagens.
Ainda temos Sidequest,onde elas se resumem a lutar contra alguém,ou coletar itens para um personagem fazer algo,uma chance desperdiçada já que essa espaço poderia ser usado para englobar os OVAs ou os filmes de Dragonball,como a história do Bardock ou Brolly entre outros.
Enquanto o jogador não estiver explorando o mundo ele estará lutando contra os inimigos em um combate simples e cheio de problemas já que enquanto o inimigo tiver utilizando qualquer forma de animação(ataque,carregar ki) ele se torna uma pedra,isso é,ele está tomando dano,o áudio dos ataques saem,mas o inimigo continua imóvel,podendo até dar um contra ataque que deixa o jogador imobilizado por alguns segundos.
Inicialmente isso não é algo muito incomodo,mas como os personagens tem níveis e o jogador desista de fazer as missões secundárias,a diferença de nível aumenta drasticamente na reta final e com isso os contra ataque e a invencibilidade do inimigo vão abrir espaço para o jogador tomar um golpe que reduz metade da vida de uma vez.
Por falar em golpes especiais,boa parte dos golpes trazem uma similaridade com o desenho,e um cuidado com a animação que infelizmente não se repete com os ataques simples,já que todos são idênticos para todos os personagens.
-Veredito
DragonBall Z: Kakarot ataca direto na nostalgia e é só consegue ser divertido por isto,sem a nostalgia se torna um jogo vazio com mecânicas criadas para manter o jogador por muito tempo do jogo sem adicionar nada a ele,um jogo feito para fans não de uma maneira boa.
-Nota:5,5


segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

Hollow Knight Review

O Kickstarted com o passar dos anos se mostrou uma decepção com jogos como Mighty N9,e vários jogos que sequer foram terminados,largados numa alpha ou beta para sempre. Hollow Knight é um dos poucos fora da curva,trazendo uma experiencia que se compara aos jogos AAA.
-Bem vindo a Hallownest 
O jogo se inicia com nosso personagem o "cavaleiro",caminhando até encontrar uma vilazinha onde existe somente um outro individuo,que diz que todos os habitantes desceram para explorar Hallownest,e nunca mais voltaram pois o local é extremamente perigoso. A história do jogo é contada de maneira similar à de Dark Souls,onde descrição de itens e npcs encontrados durante a exploração vão contar a história. Ambas as coisas podem não ser encontradas deixando talvez a história um pouco confusa principalmente na primeira jogatina onde possivelmente alguns NPCs não vão ser encontrados necessitando,uma nova jogatina. Ele ainda apresenta vários finais,dependendo de chefes que o jogador enfrenta ou deixa de enfrentar ou alguns NPCs que são necessários serem encontrados.
Todos os personagens do jogo são baseados em insetos,com uma arte simples,mas muito bem detalhado,cada área do jogo é muito distinta das outras e o design dos chefes são particularmente bem produzidos fazendo a união perfeita de criaturas bizarras com insetos.
-Uma aula de Level Design
O jogo é um metroidvania,mas que difere em algumas coisas que são comuns no gênero,em primeiro lugar temos o uso do mapa,item muito importante para saber qual o caminho que o jogador não tinha acesso por não ter a habilidade especifica. Para se ter acesso ao mapa da área em Hollow Knight é necessário encontrar um NPC que vai te vender um mapa incompleto da área. Ao adquirir o mapa é preciso adquirir uma caneta,para assim fazer modificações no mapa,mas só ao encontrar um banquinho,que serve como uma área segura para recuperar vida.
Em jogos desse estilo é normal o jogador tentar explorar e encontrar várias áreas que não podem ser acessadas,levando até o caminho certo. Aqui não existe um caminho certo,depois das primeiras horas de jogo é possível explorar várias áreas diferentes,pegando habilidades diferentes,a única coisa em comum em todas elas é a sensação de que o jogador não devia estar ali naquele momento,seja com criaturas ameaçadoras,seus chefes ou até mesmo o cenário mostrando o quão frágil o jogador é.
De coisas trazidas de Dark Souls,perdemos todo o nosso dinheiro ao morrer que pode ser recuperado matando uma criatura que surge na área que o jogador foi morto,de todas as coisas trazidas de Souls essa foi a mais desnecessária e não conversa muito com o jogo,já que não é muito difícil conseguir dinheiro.
No decorrer da sua vida,o jogo ganhou algumas DLCs gratuitas que foram adicionadas de maneira natural ao mapa do jogo,que inclui novos NPCs,áreas e novos chefes muito mais difíceis que os do jogo base.
-Veredito 
Hollow Knight é o metroidvania definitivo,que subverte algumas coisas já estabelecidas no gênero por anos,entregando uma experiencia recompensante com desafios emocionantes,junto de uma trilha sonora impecável.
-Nota:10 


quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

Afterparty Review

Vários jogos já usaram Lúcifer como um vilão para sua história,na maior parte das vezes retratado como uma criatura de puro mal que só pensa em destruir tudo e espalhar sua maldade. E então temos Afterlife onde o governador do inferno é um baladeiro que faz a festa mais disputada do submundo.
-Drink games no inferno
Milo e Lola morreram e foram parar no inferno,que se parece uma cidade qualquer,só que cercada de demônios. Como acabaram de chegar eles deviam fazer o requerimento padrão,ir até um local pegar seu demônio pessoal,depois receber qual será sua punição diária. O que eles não esperavam é que existia um expediente,e como eles chegaram muito tarde o horário de expediente tinha acabado,o que restou para fazer é ir para um bar durante a noite para socializar. É quando eles descobrem uma maneira de fugir de lá,vencer o governador do inferno Lúcifer numa competição de bebida.
Afterlife tem uma história hilária e está constantemente (principalmente com o demônio pessoal)quebrando a quarta parede,a amizade do Milo e Lola desde do inicio parece de fato algo construído muitos anos atrás,os personagens de apoio são uma ótima adição,principalmente seu demônio pessoal que aparece sempre nos piores momentos para fazer os personagens reviverem seus traumas e Sam uma taxista que auxilia os personagens a entenderem o lugar novo. Mais para o fim do jogo ele acaba tocando em assuntos mais sérios como a dependência do alcoolismo dependendo de qual dos dois finais for escolhido pelo jogador nos momentos finais do jogo.
-Uma longa caminhada
Em termos de gameplay o jogo basicamente se resume a andar do ponto A ao B e interagir com personagens dentro dos bares. O maior problema nisso é que as cidades não tem vida,muitas vezes nada acontece enquanto se está andando pelas áreas,e as caminhadas são longas,outro problema na gameplay é a mecânica das bebidas que na teoria ela é interessante,onde cada bar tem uma seleção de bebidas e cada uma delas desbloqueia uma linha de diálogo nova nas conversas baseada na bebida,podem ser coisas como coragem,habilidade de flertar,ou outras mais bizarras como falar como um pirata. Não existe nenhum incentivo para se usar disso,é possível jogar o jogo inteiro sem utilizar nenhuma bebida,e mesmo utilizando não vai te levar para caminhos diferentes. Existem dois Drinking games no jogo,que são bem simples,um é sobre jogar uma bolinha em um copo,quem acertar os três vence,o segundo é sobre empilhar copos. Dependendo da escolha do jogador ambos os minigames podem ser visto só uma vez.
-Veredito 
Afterparty tem uma história muito divertida cheio de momentos genuinamente engraçados e um final no minimo inesperado,mas a diversão da história infelizmente não se reflete na gameplay repetitiva e monótona.
-Nota:7,5